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| Polícia investiga sequência de ataques com ácido na capital

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Uma das vítimas, Gladis Nievinski, que foi atacada com a substância àcida, lesionando seu rosto e deteriorando suas roupas. (Arquivo Pessoal)
por Kyane Sutelo

A comunidade da zona sul de Porto Alegre costuma destacar a tranquilidade da região com maior área verde na capital. Mas não é esse o tema das conversas, atualmente. Os moradores estão assustados com casos de agressão com ácido que ocorreram nos últimos três dias. As ocorrências registradas até o momento dão conta de casos nos bairros Nonoai, Aberta dos Morros e Hípica.

Conforme o delegado titular da 13ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, Luciano Coelho, contou ao O Sul o padrão dos ataques é o mesmo: uma pessoa se aproxima das vítimas e joga o líquido nelas, sem anunciar assalto, roubar algo ou sequer tocá-las. Em um único caso, o agressor estava em uma bicicleta. Nos demais, o meio de transporte utilizado foi um carro, nunca atacando a pé.

Uma dessas vítimas foi Gladis Nievinski, que contou à produção como foi o episódio. Ela se dirigia ao trabalho, que fica a duas quadras de sua casa, na avenida Campos Velho, quando percebeu que um veículo branco se aproximou e começou a segui-la, lentamente. A vítima relata que não olhou para o automóvel, pensando que o condutor faria comentários de assédio, situação comum às mulheres que transitam nas ruas. Porém, não foi o que ocorreu. “Senti algo no rosto e pensei que ele tivesse cuspido em mim. Mas passei a mão e começou a arder muito e doer”, relembra ela.

Gladis conseguiu ver que o indivíduo possuía algo nas mãos: “Era uma espécie de frasquinho azul, um azul forte, como a chama do fogão”. Aparentemente, sem medo de represálias, ele teria saído dirigindo com tranquilidade, sem acelerar, enquanto a vítima corria para o serviço. Ao chegar no local, ela lavou as partes onde sentia muita dor, abaixo do lábio e no pescoço, e buscou atendimento no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul. Lá foi constatado: queimadura de 3º grau. A substância seria abrasiva e sem cheiro.

Cansada e com dor, Gladis diz que se expõe falando sobre a situação, porque quer divulgar o caso, para que não volte a ocorrer. Ela conta que em conversa por telefone com a mãe, que mora interior, considerou a possibilidade de o agressor sair da zona sul e começar a atacar em outras regiões. “Ele pode sair daqui, por medo de ser reconhecido e ir para o centro, por exemplo, ou até para o interior, a investigação precisa seguir, para que não aconteça mais”, destaca.

Outros casos

O titular da 13ª DP afirma que teve acesso a cinco casos. O primeiro ocorreu na quarta-feira (19), por volta das 19h, quando a vítima, de 27 anos, caminhava pela rua Santa Flora, no bairro Nonoai e um indivíduo passou de bicicleta, jogando o líquido branco nela. A substância, que a polícia acredita ser um tipo de ácido pelo seu comportamento, corroeu as roupas da mulher e causou lesões em seu rosto.

Nesta sexta-feira (21), aconteceram os demais ataques. No intervalo de aproximadamente uma hora, um homem dirigindo um veículo branco, possivelmente um Hyundai HB20, atacou quatro pessoas, jogando o líquido nas vítimas. Fugindo a uma teoria inicial de que as agressões visavam mulheres, um rapaz foi atingido em torno de 6h30, no bairro Aberta dos Morros. Por volta de 6h40, uma nova agressão com o mesmo padrão ocorreu no bairro. Após às 7h, vieram os novos ataques: dessa vez, ambos no Nonoai, sendo um deles o de Gladis. Ainda há informações de que outro caso tenha acontecido na Hípica.

A polícia já encaminhou as roupas das vítimas para perícia, conforme o delegado Coelho, e, agora, busca identificar o carro que o agressor estaria utilizando nos ataques.

 

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https://www.osul.com.br/ataques-com-acido-assustam-moradores-da-zona-sul-de-porto-alegre/ Polícia investiga sequência de ataques com ácido na capital 2019-06-22
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