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Brasil Aumento no número de postos sem carteira assinada e recorde de pessoas trabalhando por conta própria ajudaram a baixar o nível de desemprego no Brasil

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Falta de ocupação remunerada ainda atinge 13,7 milhões de pessoas no País. (Foto: EBC)

O nível de desemprego no Brasil caiu para 13,2% no trimestre encerrado em agosto, mas a falta de trabalho ainda atinge 13,7 milhões de brasileiros, divulgou nesta quarta-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a taxa mais baixa desde o trimestre encerrado em maio de 2020 (12,9%).

Apesar da queda do desemprego, a informalidade cresceu e o rendimento real dos brasileiros teve uma queda histórica. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em julho, a taxa de desemprego estava em 13,7%, atingindo 14,1 milhões de pessoas.

O desemprego recuou mais do que o esperado. A previsão mediana de 25 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data era de uma taxa de desemprego de 13,5% no trimestre terminado em agosto. O intervalo das estimativas era de 13,2% a 14%.

A quantidade de pessoas ocupadas foi estimada em 90,2 milhões, o que representa um aumento de 4% em relação ao trimestre móvel anterior. Ou seja, um adicional de 3,4 milhões.

“O nível de ocupação subiu 2 pontos percentuais para 50,9%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no País. Em um ano, o contingente de ocupados avançou em 8,5 milhões de pessoas”, destacou o IBGE.

No trimestre encerrado em agosto, o rendimento médio real do trabalhador foi de R$ 2.489 – o que corresponde a uma redução de 4,3% em 3 meses e de 10,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Esse resultado sinaliza uma corrosão da renda proveniente no trabalho em um ambiente de inflação nas alturas.

Ainda conforme o instituto, “foram as maiores quedas percentuais da série histórica”, iniciada em 2012, em ambas as comparações. A massa de rendimento real, que é soma de todos os rendimentos dos trabalhadores, recuou 0,7% na comparação anual, atingindo R$ 219,2 bilhões, o que corresponde a R$1,5 bilhão a menos no bolso da população ocupada.

“A queda no rendimento está mostrando que, embora haja um maior número de pessoas ocupadas, nas diversas formas de inserção no mercado e em diversas atividades, essa população ocupada está sendo remunerada com rendimentos menores. A ocupação cresce, mas com rendimento do trabalho em queda”, afirmou Adriana Beringuy.

Frente ao mesmo trimestre de 2020, as maiores reduções no rendimento médio ocorreram em ocupações na indústria (-13,8%, ou menos R$ 396), no segmento de alojamento e alimentação (11,6%, ou menos R$ 196), no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-9,6%, ou menos R$ 207) e na construção (-9,2%, ou menos R$ 187).

O aumento da ocupação no Brasil tem sido puxado pelo principalmente pela expansão do trabalho por conta própria e do emprego sem carteira assinada.

O trabalho por conta própria atingiu novamente patamar recorde, somando 25,4 milhões de pessoas, com aumento 4,3% (mais 1 milhão de pessoas) em 3 meses. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o contingente avançou 3,9 milhões, alta de 18,1%.

O número de trabalhadores domésticos (faxineiras, passadeiras, jardineiros, etc.) aumentou 9,9% no trimestre, somando 5,5 milhões pessoas. Frente ao mesmo período do ano anterior, cresceu 21,2%, um adicional de 965 mil pessoas. As expansões trimestral e anual foram as maiores em toda em toda a série histórica da ocupação dos trabalhadores domésticos.

Informalidade

O número de empregados sem carteira cresceu 10,1% na comparação com o trimestre móvel anterior e 23,3% na comparação anual, somando 10,8 milhões. Já o número de trabalhadores com carteira assinada aumentou em 1,1 milhão (4,2%) em 3 meses e em 1,9 milhão (6,8%) em 1 ano, totalizando 31 milhões de pessoas.

Com o avanço do trabalho por conta própria sem CNPJ e do emprego sem carteira assinada, a taxa de informalidade passou de 40% no trimestre encerrado em maio para 41,1%, no trimestre encerrado em agosto, totalizando 37 milhões de pessoas.

O trabalho informal inclui trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores familiares auxiliares.

“Em um ano a população ocupada total expandiu em 8,5 milhões de pessoas, sendo que desse contingente 6 milhões eram trabalhadores informais”, destacou a pesquisadora do IBGE, acrescentando, entretanto, que o número de trabalhadores informais ainda se encontra abaixo do nível pré-pandemia e do máximo registrado no trimestre fechado em outubro de 2019, quando chegou a 38,8 milhões.

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