Terça-feira, 08 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de dezembro de 2020
Pesquisadores da Sociedade de Conservação Sea Shepherd, no Canadá, acreditam ter descoberto uma espécie de baleia nas Ilhas San Benito, na costa oeste do México, segundo um comunicado postado no site da organização nesta semana.
Os avistamentos ocorreram 160 quilômetros ao norte das ilhas e são fruto de uma expedição à área que aconteceu no mês de novembro e cujo objetivo era estudar os cetáceos presentes nas águas da região.
Para o estudo, os pesquisadores captaram fotos e gravações de vídeo dos animais e implantaram um microfone subaquático especializado para registrar os sons emitidos pelas baleias. Isso porque os sinais acústicos das baleias são exclusivos e variam de acordo com a espécie, o que ajuda os biólogos a identificá-las.
Durante a expedição, a equipe se deparou justamente com uma espécie de baleia-de-bico associada a um sinal acústico nunca antes registrado na área. Após uma análise aprofundada dos registros, os especialistas disseram estar “altamente confiantes” de que is sons indicam a presença de uma espécie de baleia completamente nova.
“Vimos algo novo. Algo que não era esperado nessa região, que não corresponde, visual ou acusticamente, a qualquer coisa que se saiba existir”, afirmou Jay Barlow, um dos cientistas, em comunicado. “Sinto um arrepio na espinha quando penso que poderíamos ter percebido o que a maioria das pessoas diria que era realmente impossível: encontrar um grande mamífero que existe na Terra e é totalmente desconhecido para a ciência”, completou ele.
Agora, uma amostragem genética ambiental, realizada no momento do avistamento, está sendo processada e deve comprovar a existência da nova espécie de forma definitiva. “A Sea Shepherd acredita fortemente no papel crítico que a pesquisa científica desempenha no apoio a fortes ações de conservação. Para proteger algo adequadamente, você tem que amá-lo – e você não pode amar o que não conhece”, observou Peter Hammarsted, diretor de campanhas da organização. Para ele, a descoberta mostra quanto mistério ainda resta a ser descoberto nos oceanos.