Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de março de 2020
Depois que o governo de Santa Catarina anunciou um Plano Estratégico que prevê a reabertura do comércio local a partir da próxima quarta-feira (1º), cidadãos de Balneário Camboriú saíram às ruas em uma carreata para comemorar.
Na quinta (26), antes do anúncio da reabertura do comércio, o governo confirmou a primeira morte por Covid-19 no Estado catarinense.
O evento aconteceu na noite na orla da cidade e teve o apoio dos comerciantes da cidade.
O Estado, governado por Carlos Moisés (PSL), foi um dos primeiros a decretar quarentena, ordenando o fechamento de todos os serviços não essenciais, incluindo o transporte público.
Porém, um grupo que reúne 50 entidades empresariais enviou uma carta pedindo retomada econômica e sugerindo o “isolamento vertical” de idosos e outros grupos de risco.
Outros Estados
Enquanto o governo de São Paulo avalia que as medidas de distanciamento surtiram efeito para reduzir a proliferação do novo coronavírus, Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Roraima anunciaram a reabertura de atividades econômicas e serviços.
A partir de segunda-feira (30) os Estados terão o comércio funcionando, apenas em Santa Catarina a reabertura está programada para a quarta. Com a decisão, academias e shoppings estarão em funcionamento. Bares e restaurantes também poderão atender ao público. Até o setor hoteleiro, que não podia receber novos hóspedes, estará autorizado a funcionar.
Os Estados afirmam que as medidas podem ser adotadas desde que respeitadas determinações, entre elas a limitação da entrada de pessoas em 50% da capacidade do local e o respeito à distância mínima de 1,5 metro entre as pessoas.
No Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella liberou a abertura de lojas de material de construção e lojas de conveniência em postos de gasolina na cidade do Rio de Janeiro. Também podem funcionar, mas sem venda para consumo imediato no local, mercearias, mercados, supermercados, hortifrutis, padarias, confeitarias, açougues, depósitos, distribuidoras, transportadoras, postos de combustível, comércio de gás GLP, de insumos agrícolas e medicamentos veterinários.
O movimento de reabertura coincide com a campanha do governo federal com o mote “O Brasil não pode parar”, contrariando o que a literatura científica recomenda. O prefeito de Milão, na Itália, chegou a se desculpar pela campanha “Milão não pode parar” que incentivou a população a manter a normalidade. O número de mortos pela Covid-19 saltou para mais de 4 mil apenas naquela região.