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Brasil Bancada evangélica prega parceria com ministros de Bolsonaro contra o Supremo

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Em rede social, ministro ressalta que só serão perdoados policiais condenados por crimes não intencionais. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em um almoço com cinco ministros do governo de Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (18), a bancada evangélica no Congresso Nacional fez críticas à atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) e pregou uma ação conjunta com o Executivo para combater o que chama de “ativismo judicial” da Corte.

A convite do líder do grupo, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), 62 parlamentares do bloco, entre deputados e senadores, se reuniram por cerca de duas horas e meia em um restaurante no Lago Sul, em Brasília, com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Sérgio Moro (Justiça), Osmar Terra (Cidadania) e André Mendonça (Advocacia-Geral da União).

Com 203 dos 594 congressistas, o bloco é considerado um dos pilares da base de apoio de Bolsonaro. O grupo religioso é a aposta do presidente para evitar um aumento de rejeição social, blindar-se de retaliações no Congresso e catapultá-lo a uma disputa à reeleição, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.

Participantes do encontro relataram que a palavra mais enfaticamente falada no almoço foi “STF”. A bancada evangélica tem criticado a atuação do Supremo em pautas caras aos fiéis. A avaliação dos parlamentares é de que a Corte tem usurpado a competência do Legislativo.

No início de junho, por exemplo, o STF decidiu enquadrar a homofobia e a transfobia na lei dos crimes de racismo até que o Congresso aprove uma legislação sobre o tema. O julgamento, na avaliação de líderes evangélicos, abriu mais brechas para que o Judiciário siga legislando.

No almoço desta quarta, os cerca de oito parlamentares que falaram em nome da frente defenderam “mais sinergia” entre o governo e a bancada evangélica, principalmente para fazer avançar a pauta de costumes e evitar que ela seja inteiramente delegada ao Supremo.

Desgastado no Supremo e às vésperas de ter a sua atuação à frente da Lava-Jato discutida pela Corte, Moro afirmou contar com a bancada evangélica para, no momento adequado, ver avançar o seu pacote anticrime no Congresso.

O ministro da Justiça disse que sua agenda tem convergência com a dos evangélicos porque seus projetos de combate à violência também são no sentido de “defesa da vida”. Pressionado nas últimas semanas diante da interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, Moro também fez questão de mostrar alinhamento e até obediência ao presidente.

De acordo com relatos, o ministro negou que tenha aceitado o cargo no governo exigindo carta branca e autonomia e disse ter assumido a pasta sabendo que quem manda é o presidente da República.

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