Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2021
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo firme na terça-feira (26) pela cura da divisão racial histórica no país, tomando várias medidas e prometendo outras para confrontar o racismo e a desigualdade, que segundo ele, afligem o país por muito tempo.
As tensões raciais dispararam durante os quatro turbulentos anos do governo Donald Trump e Biden apontou que o ataque do dia 6 de janeiro ao Capitólio feito por apoiadores de Trump foi conduzido por “bandidos, insurrecionalistas, extremistas políticos e supremacistas brancos”. Mas Biden disse acreditar que a grande maioria dos norte-americanos acreditam na igualdade.
“Nós nunca honramos completamente os princípios fundadores deste país para dizer o óbvio de que todas as pessoas são criadas iguais e têm o direito de serem tratadas igualmente enquanto viverem”, disse Biden em um pronunciamento na Casa Branca.
“E é hora de agir agora, não apenas porque é a coisa certa a se fazer, mas porque se o fizermos, seremos todos melhores por causa disso.”
Biden adotou medidas em quatro frentes: para conter o uso de prisões privadas pelo governo dos EUA, para incentivar a fiscalização contra a discriminação no setor de habitação, para sublinhar um comprometimento com a soberania das tribos de comunidades indígenas norte-americanas e para condenar a discriminação contra os asiático-americanos e americanos de ascendência das Ilhas do Pacífico, que segundo o democrata haviam crescido na pandemia de Covid-19.
O presidente busca reverter algumas políticas de seu antecessor republicano e cumprir as reformas de Justiça Racial prometidas durante a campanha eleitoral.
Críticos acusam Trump de seguir políticas construídas ao redor de “queixas dos brancos” no país que tem visto sua população branca diminuir em porcentagem.
O eleitorado negro se provou crítico para as vitórias de Biden, tanto na campanha pela indicação democrata, quanto para a vitória sobre Trump nas eleições em novembro.
Rússia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin , e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden , se falaram por telefone pela primeira vez desde que o americano assumiu o cargo. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, anunciou o contato entre os líderes políticos.
Entre os temas tratados foram a proposta de extensão do tratado de armas nucleares do Novo Start, que limita o armamento de ambos países, a prisão do opositor Alexei Navalny e o apoio dos EUA à soberania da Ucrânia.
“Ele(Biden) ligou para o presidente Putin esta tarde com a intenção de discutir nossa disposição de estender o novo START por cinco anos. E também para reafirmar nosso forte apoio à soberania da Ucrânia em face da agressão em curso da Rússia, e também para levantar questões preocupantes, incluindo o hack SolarWinds, relatórios da Rússia colocando recompensas em soldados dos Estados Unidos no Afeganistão, interferência nas eleições de 2020, o envenenamento de Alexei Navalny e tratamento de manifestantes pacíficos pelas forças de segurança russas ”, declarou a porta voz do governo americano.