Quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2020
A Universal Music anunciou nesta segunda-feira (7) a compra de todo o catálogo de composições de Bob Dylan – incluindo clássicos da música norte-americana como “Blowin ‘in the wind”, “The times they are a-changin'” e “Like a rolling stone”. O valor não foi divulgado, mas está estimado em mais de US$ 300 milhões, segundo o “The New York Times”
O próprio Dylan fechou o acordo, que cobre desde as suas primeiras canções, de 1962, até o álbum mais recente, o elogiado “Rough and Rowdy Ways”, de 2020. Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2016, Dylan controlava seus direitos autorais.
“Não é nenhum segredo que a arte de compor é a chave fundamental para toda boa música, nem é segredo que Bob é um dos maiores nessa arte”, disse Lucian Grainge, executivo-chefe da Universal Music, em um comunicado anunciando o acordo.
Dylan, como era de se esperar, não comentou o acordo. Em uma rara entrevista, ele recentemente disse acreditar que o a pandemia do novo coronavírus pode ser “um precursor de algo mais por vir”, e tocou em assuntos como a morte e o ato de compor. Primeiro músico a conquistar o Nobel, ele também ganhou 11 Grammys, um Oscar e um Globo de Ouro.
Em meio à popularização do streaming, a compra de catálogos de artistas consagrados foi um dos mercados mais quentes de 2020. Nessa área, a empresa Hipgnosis se destacou, comprando os direitos de Blondie e Barry Manilow. No catálogo da empresa, estão canções como “SexyBack” (Justin Timberlake), “Single ladies” (Beyoncé), “Sweet dreams” (Eurythmics) e “Let’s stay together” (Al Green).
O catálogo de Dylan é um dos mais atraentes nesse mercado, pois quase todas as canções foram compostas apenas por ele. Além disso, as regravações de suas músicas são frequentes (já são mais de 6 mil, algumas delas no Brasil, em especial pelo cantor Zé Ramalho) e seguem gerando royalties.