Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de março de 2020
"Nós não podemos levar o pânico para a sociedade", declarou Bolsonaro
Foto: José Cruz/Agência BrasilO presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta segunda-feira (23), que a MP (medida provisória) que permite que contratos de trabalho e salários sejam suspensos por até quatro meses durante o período de calamidade pública é uma forma de “preservar empregos” no País.
“Flexibiliza mais ainda a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], é uma maneira de preservar empregos. Diminui tempo do aviso prévio, permite que se entre em férias agora, que é melhor do que ser demitido, basicamente é por aí essa nossa MP”, disse Bolsonaro.
“A vida das pessoas está em primeiro em lugar. Agora, um detalhe: a dose do remédio não pode ser excessiva de modo que o efeito colateral seja mais danoso do que o próprio vírus. Esse é o cerne da questão”, disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada.
“Nós não temos como evitar os efeitos do coronavírus. Não tem vacina e, por enquanto, ainda não tem tratamento. Nós não podemos levar o pânico para a sociedade, porque o pânico é uma doença também, mais grave que a própria causa do vírus”, prosseguiu.
“Esclarecemos que a referida MP, ao contrário do que espalham, resguarda ajuda possível para os empregados. Ao invés de serem demitidos, o governo entra com ajuda nos próximos quatro meses, até a volta normal das atividades do estabelecimento, sem que exista a demissão do empregado”, escreveu depois o presidente nas redes sociais.
Apesar da declaração de Bolsonaro, segundo especialistas, o governo não deixa claro na MP como será realizada essa ajuda federal.