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Política Bolsonaro fala em ajudar países sul-americanos com vacina contra o coronavírus mais à frente

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Bolsonaro: "somos um dos poucos países que fabricam vacina". (Foto: Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil pode vir a ajudar mais à frente países sul-americanos que tiverem dificuldades na compra de vacinas contra a Covid-19.

Mas, com o País enfrentando um início da vacinação lento contra o coronavírus, Bolsonaro lembrou que “somos um dos poucos países que fabricam vacina no mundo”.

“Então nós podemos pegar o IFA e fabricar a vacina aqui”, disse a apoiadores ao chegar ao Palácio da Alvorada.

“Temos que pensar lá na frente em ajudar países da América do Sul. Não adianta nós estarmos imunizados… vamos supor que um país vizinho nosso tenha dificuldade, que vai ter, para comprar vacina, a gente tem que ajudar, porque se a gente fica imunizado e o pessoal lá não fica”… “se esse pessoal não estiver imunizado do lado de lá nos prejudica aqui”.

Tanto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira no Brasil da vacina da AstraZeneca-Oxford, como o Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo e parceiro da chinesa Sinovac, que desenvolveu a CoronaVac, têm em seus acordos previsão de transferência de tecnologia para poderem produzir as duas vacinas no Brasil.

Pandemia pode piorar

Vice-diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o brasileiro Jarbas Barbosa avalia que o colapso na rede de saúde de Manaus (AM), no início do ano, pode se repetir no resto do Brasil caso não sejam tomadas medidas “enérgicas”, como um lockdown. Ele alerta que mesmo os locais mais preparados do mundo podem não suportar a demanda de pacientes sem medidas para controlar a transmissão do novo coronavírus.

“Mesmo sistemas de saúde muito bem estruturados não foram capazes de atender a demanda por leitos e respiradores, quando a transmissão avança sem freios. O desastre pode ser inevitável”, disse Barbosa, que é médico sanitarista e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para Barbosa, restrições de circulação, uso de máscara e até um lockdown são medidas fundamentais para evitar a escalada do vírus no Brasil. Ele declara que é preciso convencer a população a seguir medidas “que dão certo”. “Máscara e distanciamento funcionam contra vírus original e variantes”, disse.

Segundo o sanitarista, não é possível apontar a variante brasileira da covid-19 como culpada pela explosão de internações das últimas semanas. “Tivemos festas de fim de ano, carnaval, está no verão e há muitas viagens internas. Tudo isso acelera a transmissão. Seja com vírus original ou nova variante.”

O vice-diretor da Opas, entidade que é braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) na América, confirma que o Brasil deve receber até maio cerca de 9,1 milhões de vacinas da farmacêutica AstraZeneca/Oxford por meio do consórcio Covax Facility. Não há ainda cronograma para a entrega de outras doses, mas o acordo é que cerca de 42 milhões de vacinas cheguem ao País até o fim do ano por este caminho.

A compra pelo consórcio também exige que a União assuma riscos e custos de efeitos colaterais das vacinas, cláusula que todos os países estão assinando, segundo Barbosa. Por meses, o governo Jair Bolsonaro rejeitou e até desdenhou das propostas da Pfizer e da Janssen por essa exigência, que foi chamada de “abusiva” e “leonina” pelo Ministério da Saúde. A compra com esses laboratórios só avançou nesta semana, após Câmara e Senado aprovarem projeto que permite que a União assuma os riscos. A medida, porém, ainda não foi sancionada.

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