Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2020
País é alvo de críticas internacionais sobre política ambiental, e presidente deve falar sobre preservação no vídeo
Foto: Alan Santos/PRO presidente Jair Bolsonaro discursa nesta terça-feira (22) na 75ª edição da ONU (Assembleia Geral das Nações Unidas). Em razão da pandemia do novo coronavírus, é a primeira vez que o encontro será por meio virtual. O discurso de Bolsonaro será exibido em vídeo, gravado na semana passada.
Em um momento de críticas internacionais à política ambiental no Brasil, com aumento nos registros de queimadas na Amazônia e no Pantanal, o discurso de Bolsonaro deve tratar da questão ambiental.
Desde 1949, cabe tradicionalmente ao representante brasileiro fazer o discurso inaugural do debate-geral da ONU. Nas últimas sete décadas, chanceleres e presidentes subiram à tribuna em Nova York para falar em nome do Brasil.
Esta será a segunda vez que Bolsonaro abre o debate geral. Segundo a agência de notícias da ONU, os vídeos gravados pelos líderes dos países têm duração de até 15 minutos.
Programação
O debate geral se inicia às 10h (horário de Brasília) e, conforme o cronograma, após a fala de Bolsonaro, serão transmitidos os discursos dos presidentes Donald Trump (Estados Unidos), Tayyip Ergodan (Turquia), Xi Jinping (China) e Sebastián Piñera (Chile).
A ONU informou que, para reduzir risco de contaminação pelo novo coronavírus, cada país terá um representante no hall da assembleia, em Nova York. Cerca de 200 pessoas ficarão no local, o que representa menos de 10% da capacidade do espaço.
Meio ambiente
Ao estrear na ONU, em 2019, Bolsonaro afirmou que o Brasil tinha “compromisso solene” com a preservação ambiental e defendeu a soberania do País na Amazônia. Um ano depois, o tema deve voltar a ter espaço na fala do presidente.
Para esta terça-feira, a expectativa é que o presidente rebata críticas feitas à política de preservação ambiental do governo brasileiro, área em que, segundo ele, o Brasil é um “exemplo para mundo”, apesar do aumento do número de queimadas e desmatamento.
Segundo o vice-presidente Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, Bolsonaro mostrará os “esforços” do Brasil no combate aos crimes ambientais.
“Lógico que o presidente vai tocar na Amazônia. Vai mostrar, em princípio, aquilo que nós estamos fazendo. Temos a criação do conselho, a Operação Verde Brasil 2, o esforço do governo no sentido de combater as ilegalidades. Não é simples, não é fácil, elas continuam a ocorrer, infelizmente”, disse Mourão na segunda-feira (21).
Na última sexta-feira (18), durante evento em Mato Grosso, um dos estados atingidos pelas queimadas, Bolsonaro falou sobre demarcação de terras indígenas.