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Política Bolsonaro não deverá participar de nova reunião de líderes sobre o clima convocada por Joe Biden

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Ele tem viagens agendadas para Minas Gerais pela manhã, e para Goiás na parte da tarde, no mesmo dia do evento. (Foto: Alan Santos/PR)

Convidado para uma nova reunião de líderes mundiais sobre o clima, convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para esta sexta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro não deverá participar do evento. O motivo é que foi criado um impasse, porque os americanos enviaram os convites há apenas sete dias, quando o normal seria um prazo de, no mínimo, um mês de antecedência.

Segundo uma fonte do governo brasileiro, com o encaminhamento do convite “em cima da hora” criou-se um problema logístico para vários chefes de Estado, incluindo o presidente Jair Bolsonaro. Ele tem viagens agendadas para Minas Gerais pela manhã, e para Goiás na parte da tarde, no mesmo dia do evento.

Outro fator de irritação é que, consultados, os EUA teriam respondido que não aceitam representantes no lugar dos chefes de Estado ou de governo. No caso do Brasil, poderia falar em nome de Bolsonaro o chanceler Carlos França, ou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

Na noite desta quinta-feira, a possibilidade de um ministro representar Bolsonaro passou a existir, após conversas entre integrantes dos governos do Brasil e dos EUA. Porém, não foi batido o martelo.

Segundo essa fonte, “todos estão reclamando dos americanos”, não apenas o governo brasileiro. Porém, não há sinais, até o momento, de que essa posição de Washington vá mudar.

Após quatro anos escanteando questões climáticas e inciativas multilalterais durante o mandato de Donald Trump, os Estados Unidos buscam um protagonismo inédito na diplomacia ambiental. O primeiro grande aceno nesse sentido veio em abril, na Cúpula de Líderes sobre o Clima convocada por Biden, que reuniu mais de 40 lideranças internacionais, entre elas 26 chefes de Estado.

Na ocasião, Bolsonaro fez um discurso com três promessas: dobrar o Orçamento para os órgãos de fiscalização ambiental; acabar com o desmatamento ilegal até 2030; e antecipar, de 2060 para 2050 o prazo para atingir a chamada neutralidade de carbono, que consiste em compensar todo o dióxido de carbono emitido – condicionando isso, contudo, a mais recursos internacionais.

Os debates desta semana ocorrem pouco mais de um mês antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-26, que acontecerá em Glasgow, na Escócia, em novembro deste ano. A expectativa é que, durante a reunião, EUA e União Europeia anunciem compromissos mais ambiciosos para a redução das emissões de gases que causam o efeito estufa.

Segundo o comunicado emitido pela Casa Branca, o evento busca reunir os integrantes do Fórum das Principais Economias sobre o Clima e a Energia, grupo criado em 2009 reunindo as então 17 maiores economias do planeta. O grupo ficou escanteado durante os anos de Trump em Washington, e esta será a segunda reunião desde que Biden tomou posse, em 20 de janeiro.

A nota americana cita ainda as conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado no mês passado, de que o aumento da temperatura global em relação aos níveis pré-Revolução Industrial pode chegar ao patamar de 1,5 grau Celsius já na próxima década – número considerado limítrofe para evitar um cataclisma. O relatório, disse a Casa Branca, “reforçou a urgência de aumentar dramaticamente as ações [climáticas] nesta década”.

“O presidente vai enfatizar tanto a urgência quanto os benefícios econômicos de ações climáticas mais contundentes”, diz a nota americana. “Ele vai fazer um apelo para que os líderes reforcem suas ambições climáticas antes da COP-26 e nos meses adiante.”

Ao jornal The New York Times, uma fonte do governo americano disse que Biden fará um apelo para que outros países se comprometam a reduzir suas emissões de metano, o principal componente do gás natural e um poderoso causador do efeito estufa. Os países que se juntarem ao pacto, traçado em conjunto com a União Europeia, se comprometeriam a reduzir as emissões globais do metano em ao menos 30% até o fim desta década.

Na semana que vem, Bolsonaro viajará a Nova York, onde fará o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro a falar na reunião de líderes das Nações Unidas. Entre os temas a serem tratados pelo presidente brasileiro estão a pandemia de Covid-19, o meio ambiente e a recuperação da economia. As informações do jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-nao-devera-participar-de-nova-reuniao-de-lideres-sobre-o-clima-convocada-por-joe-biden/ Bolsonaro não deverá participar de nova reunião de líderes sobre o clima convocada por Joe Biden 2021-09-16
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