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Brasil Bolsonaro terá de concluir transposição e definir gestão da água do São Francisco

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Transposição do Rio São Francisco. (Foto: Divulgação/Ministério da Integração Nacional)

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) terá, entre suas missões, a de concluir a transposição e definir a gestão da água do rio São Francisco.

Mais de 2.000 km após a sua nascente, o São Francisco se aproxima da elevação da chapada do Araripe, que se entende do Ceará a Pernambuco. Diante do obstáculo, o rio forma uma baía, faz uma curva à direita e, nesse sentido, margeia Bahia, Sergipe e Alagoas até se encontrar com o mar.

Assim, o rio conhecido como o da integração nacional deixa de percorrer o semiárido, área de forte desigualdade social e baixos índices de desenvolvimento humano.

É nessa região, no município de São José de Piranhas (PB), onde as árvores da caatinga são muito secas e a terra levanta uma nuvem de poeira a cada veículo que passa, que mora o agricultor Francisco dos Santos, 33.

Com uma cisterna em casa, abastecida a cada 20 dias, ele espera que a obra de transposição do São Francisco alivie a seca que o obriga a ir ao Maranhão e ao Pará em busca de empregos temporários.

Ele conta que gostaria de usar a água do São Francisco, cujo leito passa a 180 km dali, para plantar tomate, alface e coentro e vendê-los na feira.

Implantar de fato a transposição do São Francisco é o principal desafio do futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL) no combate à seca. ​

O projeto foi pensado por Dom Pedro II, mas a obra só foi iniciada no governo Lula (PT), em 2005. No início da construção, falava-se de um conjunto de até 700 km de canais, ao custo de R$ 4,5 bilhões (R$ 9,55 bilhões a preços corrigidos pela inflação).

A obra chega ao fim de 2018 com 477 km, ao custo de R$ 11,7 bilhões. Quando estiver pronta, deve beneficiar cidades de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A transposição já deveria ter sido entregue e os motivos dos atrasos são muitos: de falhas de projeto a desistências de empreiteiras e investigações por desvio de verbas.

O primeiro passo para entregar a transposição é finalizar os dois eixos principais. Há dois canais, com represas e estações de bombeamento que captam a água do São Francisco e a interiorizam por caminhos diferentes, enchendo açudes e regularizando rios sertão afora.

O primeiro canal, o Eixo Leste, foi inaugurado em 2017 pelo presidente Michel Temer (MDB). Ele parte de Floresta (PE), atravessa Pernambuco e, logo ao chegar à Paraíba, abastece o açude Poções, onde as águas seguem por rios. Assim, o São Francisco consegue abastecer Campina Grande (PB), a 300 km do seu leito.

Ainda em estágio de pré-operação, o Eixo Leste pode beneficiar 4,5 milhões de pessoas em 168 municípios.

O segundo canal, ainda em obras, é o Eixo Norte, o maior deles. Ele tem capacidade para abastecer 7,1 milhões de pessoas e 223 cidades.

O Eixo Norte parte da cidade de Cabrobó (PE) e segue por 260 km até chegar a represas, hoje vazias, na Paraíba. Dali, a água abastece rios que chegam ao Rio Grande do Norte. O eixo está com 97% de suas obras prontas e deve ser entregue no início de 2019.

Bolsonaro terá a oportunidade de inaugurá-lo e acenar à região do País onde obteve menor votação. Faltará ainda terminar a segunda fase da transposição, com mais cinco ramais secundários – atualmente só um está em obras.

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-tera-de-concluir-transposicao-e-definir-gestao-da-agua-do-sao-francisco/ Bolsonaro terá de concluir transposição e definir gestão da água do São Francisco 2018-12-16
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