Por Redação O Sul | 25 de julho de 2016
Confusão provocada pelo homem que queria acabar com o exame nacional da OAB durou mais de quatro horas. (Crédito: Reprodução)
O candidato frustrado que ameaçou explodir uma bomba na Unijorge, em Salvador, na Bahia, para impedir a realização da prova nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), estava com balas de gengibre presas ao corpo. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública baiana. Por causa da ameaça, a prova do exame da ordem em Salvador foi cancelada. O causador da confusão, Frank Oliveira da Costa, se entregou à polícia. Segundo testemunhas, o homem já tentou o exame da OAB 11 vezes.
Sem explosivos.
De acordo com as autoridades, não foram encontrados artefatos explosivos ou armas de fogo com o rapaz. Após depoimento no Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado, Costa foi levado para exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica. Ele foi liberado em seguida. Segundo a Secretaria de Segurança, ele foi somente autuado, pois não portava nenhum explosivo ou arma. A Justiça fará ele responder pelo ato com base no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais – provocar alarme anunciando perigo existente e capaz de produzir pânico ou tumulto. Por esse delito, Costa pode pegar de 15 dias a seis meses de prisão.
Aluno regular.
A Unijorge informou por meio de nota que o contraventor cursou direito há dez anos na instituição, entre os segundos semestres de 2000 e 2006. De acordo com a universidade, o histórico escolar de Costa é de um aluno de conduta regular, sem qualquer registro de incidente durante o período do curso.
A confusão.
A rendição dele ocorreu quatro horas após início da confusão e com a chegada do advogado Marcos Melo, que foi contratado pela família de Costa. Segundo o coronel do Batalhão de Operações Policiais Especiais, Paulo Coutinho, o motivo da ameaça seria o fato de o homem não ter passado no exame anteriormente e estar frustrado. O coronel ainda afirmou que o rapaz aparentava ter problemas mentais e já tem um processo contra a OAB. As duas sacolas que estariam com as supostas bombas tinham apenas roupas, segundo o oficial. Ele teria entrado em uma sala de aula e pedido para os candidatos saírem em 11 minutos, pois estava em posse de uma bomba pronta para explodir, causando pânico.
Prova será refeita em Salvador.
Segundo Luiz Viana, presidente da OAB na Bahia, uma nova data será marcada para a realização do exame em Salvador. “A prova está suspensa em Salvador. Vai ser marcada uma nova data garantindo a todos a fazer uma nova prova com tranquilidade. O mais importante é que estão todos do lado de fora e ninguém ficou ferido. A nova data vai ser publicada no site da OAB nacional e no regional”, garantiu. (AG)
