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Economia Brasil cria mais de 142 mil postos formais de trabalho em 2020; RS perdeu 20.220

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Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgado pelo Ministério da Economia

Foto: Agência Brasil
O salário deve ser igual ao dos empregados permanentes que realizam funções equivalentes. (Foto: EBC)

O Brasil criou 142,69 mil empregos com carteira assinada no ano passado, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério da Economia. No acumulado do ano, o Rio Grande do Sul perdeu 20.220 empregos com carteira assinada.

“A grande notícia para nós é que, em um ano terrível em que o PIB caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante coletiva virtual de divulgação do Caged.

Para ele, o BEm (Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda), criado pelo governo federal durante a pandemia de Covid-19, é um dos responsáveis pelo resultado, já que evitou a demissão de cerca de 10 milhões de pessoas durante o ano passado.

Pelo programa, empregadores e funcionários fizeram acordos de redução de jornada e salário ou de suspensão de contratos. Como contrapartida, o governo pagou, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), uma porcentagem do seguro-desemprego a que o empregado teria direito se fosse demitido.

“O IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] também soltou dado que confirma esse avanço, essa recuperação da economia brasileira em V [forte queda seguida de forte alta], quando anunciou quase 4 milhões de aumento na população ocupada, quando compara o trimestre de setembro/outubro/novembro sob trimestre anterior, sendo que quase 1 milhão foi de carteira assinada”, destacou Guedes.

O resultado é a diferença entre as contratações e as demissões. No ano passado, o País registrou 15.166.221 contratações e 15.023.531 demissões.

De acordo com os dados do governo, esse foi o terceiro ano seguido com geração de empregos formais. Entretanto, foi o pior resultado para um ano fechado desde 2017, quando foram fechadas 20,83 mil vagas com carteira assinada.

O resultado positivo aconteceu em meio à pandemia de coronavírus, que provocou uma grave crise econômica mundial.

De acordo com dados do Caged, de janeiro a dezembro do ano passado, foram 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos. O estoque de empregos formais no País, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 38.952.313 vínculos, o que representa uma variação de 0,37% em relação ao estoque de referência, de 1º de janeiro de 2020.

Demissões em dezembro

Após cinco meses de saldo positivo, em dezembro, o número de demissões superou o de contratações no Brasil, com o fechamento de 67.906 postos de trabalho. De acordo com o ministério, dezembro é um mês “de ressaca” no mercado e essas perdas são comuns.

O ministro Paulo Guedes destacou ainda que essa é a menor perda de empregos desde 1995. “Essas perdas são sazonais. Então vamos comparar com dezembro de 2015, quando o PIB caiu 3,5% no ano, foi uma recessão autoimposta e nós perdemos 596 mil empregos”, disse. Em dezembro de 2019, por exemplo, também foram fechadas 307 mil vagas.

Na avaliação do ministério, o compromisso de manutenção de empregos promovido pelo BEm também contribui para que essa queda em dezembro fosse menor. No mês passado, o Brasil teve 1.239.280 admissões e 1.307.186 desligamentos.

Dados isolados

No acumulado do ano de 2020, apenas o setor de serviços teve saldo negativo nos empregos, com o fechamento de 132.584 postos de trabalho. A construção e a indústria lideram o ranking de contratações, com a criação de 112.174 e 95.588 empregos, respectivamente. Já no mês de dezembro, o comércio foi a única atividade com saldo positivo, com mais 62.599 empregos.

Rio Grande do Sul

O pior mês de 2020 para o Rio Grande do Sul foi abril. Registraram números negativos: março (-14.737), abril (-80.369), maio (-34.936), junho (-6.159) e dezembro (-131).

Regiões

Das cinco regiões do País, quatro tiveram saldo positivo no acumulado do ano, apenas o Sudeste perdeu vagas, queda de 88.785, puxado pelo Rio de Janeiro que, sozinho, fechou 127.155 empregos, enquanto Minas Gerais criou 32.717. No Norte, o destaque é para o Pará, com a criação de 32.789 postos, mais da metade dos 62.265 empregos formais gerados na região.

No Nordeste, o Maranhão, com 19.753, e o Ceará, com 18.546, puxaram o saldo positivo de 34.689 de novos postos de trabalho. No Sul, que teve 85.500 vínculos a mais, Paraná e Santa Catarina geraram 52.670 e 53.050, respectivamente. Já o Centro-Oeste teve Goiás como o principal criador de vagas, com 26.258 das 51.048 da região.

Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em dezembro foi de R$ 1.735,39. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 26,45 no salário médio de admissão, uma variação positiva de 1,55%.

As estatísticas completas do Caged de dezembro e do acumulado de 2020 estão disponíveis na página do Ministério da Economia. Os dados também podem ser consultados no Painel de Informações do Novo Caged.

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