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Brasil Brics apoiam candidatura do Brasil para Conselho de Segurança da ONU

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O apoio dos líderes consta no comunicado da 12ª Reunião de Cúpula do grupo, realizada nesta terça de forma virtual.

Foto: Marcos Corrêa/PR
O apoio dos líderes consta no comunicado da 12ª Reunião de Cúpula do grupo, realizada nesta terça de forma virtual. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Os países do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, manifestaram apoio à candidatura do Brasil para membro rotativo do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) em 2022 e 2023. O apoio consta no comunicado da 12ª Reunião de Cúpula do grupo, realizada nesta terça-feira (17) de forma virtual.

O texto conjunto também defendeu a cooperação internacional para o enfrentamento da pandemia de covid-19 e a distribuição, de forma equitativa, de uma vacina segura e eficaz. Em relação ao comércio internacional, os países pediram uma reforma na OMC (Organização Mundial do Comércio), que propicie a defesa dos países em desenvolvimento, evite o protecionismo dos países ricos e busque uma cadeia de suprimento global mais “resiliente”.

Conselho

Sob presidência da Rússia, o Brics defendeu uma reforma ampla da ONU para abrigar mais países do grupo no Conselho de Segurança. Com Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido como membros permanentes, o conselho representa o principal árbitro de conflitos no sistema internacional e tem dez membros rotativos, eleitos para mandatos de dois anos. Há várias décadas, o Brasil, um dos países que mais ocupou o posto de membro não permanente, reivindica um assento fixo.

Reforçando o apoio ao direito internacional e à democracia, o comunicado invoca o respeito à soberania dos Estados e pede o cumprimento do princípio da não-intervenção externa nos países. Os países reiteraram o compromisso com a paz, a estabilidade, o respeito mútuo e a igualdade, com eventuais disputas internacionais sendo resolvidas por meios pacíficos.

Discurso

O comunicado está em linha com alguns pedidos do presidente Jair Bolsonaro. Em discurso na abertura do encontro, ele defendeu mudanças na OMC, reforçou o apelo por um assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU e pediu reformas na OMS (Organização Mundial da Saúde). O presidente também prometeu divulgar uma lista de importadores de madeira ilegal da Amazônia brasileira, criticando os “ataques” que o governo sofre em relação às queimadas e ao desmatamento.

Durante o seu discurso na 12ª Cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o presidente voltou a criticar os “ataques” que o país sofre em relação às queimadas e ao desmatamento na região amazônica. “Creio que depois dessa manifestação [divulgação da lista], que interessa a todos no mundo, essa prática diminuirá e muito nessa região”, afirmou.

Segundo o presidente, a Polícia Federal desenvolveu um método para rastrear a origem de madeiras apreendidas e exportadas usando isótopos estáveis, uma espécie de DNA que mostra a proveniência geográfica de produtos.

“Estaremos revelando, nos próximos dias, nomes dos países que importam essa madeira ilegal da Amazônia, porque, aí sim, estaremos mostrando que esses países, alguns deles que muito nos criticam, em parte, têm responsabilidade nessa questão [do avanço do desmatamento]”, disse o presidente.

Bolsonaro saudou o trabalho da presidência russa ao manter o grupo ativo em 2020 e aprofundar iniciativas de cooperação em diversas áreas, mesmo em meio à pandemia de Covid-19. Para o presidente, os países do Brics estão em “perfeita sintonia” no combate ao terrorismo e na busca de uma vacina segura e eficaz contra o novo coronavírus e comprometidos com ações para minimizar as emissões de carbono, que levam ao aquecimento global e às mudança climáticas.

Retomada da economia

Ele lembrou que a primeira reunião do Brics foi realizada em 2009, em meio a “uma das mais graves crises financeiras de história”, e que, naquele contexto, “a força das economias emergentes mostrou-se fundamental para a recuperação da economia internacional”.

“Em 2020, o mundo volta a enfrentar uma crise de contornos desafiadores. Mais uma vez, os países do Brics podem desempenhar papel central nos esforços da superação da Covid-19 e da retomada da economia”, observou.

Para Bolsonaro, o caminho para o crescimento econômico depende da cooperação focada em “benefícios mútuos e respeito às soberanias nacionais”, com a ampliação de medidas de promoção comercial e incentivo a uma maior interação entre os setores privados dos países do bloco.

“Nesse aspecto, o Brics se destaca pela variedade de setores e atividade abrangidos pelas iniciativas do grupo. Nossa cooperação deve incentivar a liberdade de criar e empreender”, explicou.

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https://www.osul.com.br/brics-apoiam-candidatura-do-brasil-para-conselho-de-seguranca-da-onu/ Brics apoiam candidatura do Brasil para Conselho de Segurança da ONU 2020-11-17
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