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Viagem e Turismo Câmeras escondidas em quartos de hotéis ou imóveis de aluguel: o que o viajante precisa saber

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Imagem mostra a lente de uma câmera de segurança quase escondida. (Foto: Freepik)

Em março, o Airbnb anunciou que a partir de 30 de abril proibirá o uso de câmeras de vigilância nos imóveis que aluga, e a notícia foi comemorada por quem se preocupa com a privacidade.

“É uma presença sinistra e ameaçadora. O pessoal morre de medo de ter a intimidade registrada sem consentimento e as atividades monitoradas pelo anfitrião dentro do imóvel”, diz Albert Fox Cahn, diretor executivo da organização Surveillance Technology Oversight Project, que briga pelo veto ao equipamento desde 2022.

Para muitos viajantes, a nova medida levanta questões fundamentais: para começo de conversa, o que as câmeras estavam fazendo ali? E quais são seus direitos em matéria de privacidade em hotéis e casas alugadas para temporada?

As câmeras obviamente estão por toda parte nos espaços públicos, incluindo os quiosques de autoatendimento dos hipermercados e os terminais dos aeroportos.

“Como outras empresas, os hotéis e imóveis de aluguel usam o equipamento por dois motivos: proteger o cliente e a propriedade”, explica Michael McCall, membro do Hilton Hotels da faculdade de administração hoteleira da Universidade Estadual do Michigan.

O hóspede pode se sentir mais seguro ao saber que há câmeras de segurança nos corredores, por exemplo. E o hotel ou o albergue talvez as usem para monitorar danos à propriedade ou roubo, embora a questão da vigilância como meio eficaz de prevenção ao crime há tempos seja motivo de debates entre os defensores da privacidade e da segurança.

“Há uma linha tênue entre a garantia de proteção da propriedade e a intrusão na privacidade do cliente. O Airbnb proíbe sua presença no ambiente interno”, prossegue McCall.

Nos EUA, por exemplo, o grau de consentimento exigido para a vigilância (quando há) varia em nível estadual, bem como as regras para gravações de áudio e vídeo.

“A lei norte-americana é fragmentada, para dizer o mínimo. É verdade que há estatutos federais aplicáveis a todos os estados, mas cada um pode criar regras próprias de privacidade”, diz Doris DelTosto Brogan, professora e titular da cadeira Heller McGuinness da Faculdade de Direito Charles Widger da Universidade Villanova, na Pensilvânia, por e-mail.

O Airbnb já lidou com a questão antes, quando exigiu que a presença de câmeras internas nos espaços públicos, como corredores e cozinhas, fosse informada ao hóspede. Já a plataforma Vrbo proíbe o uso interno do dispositivo desde 2022, com exceção daqueles cuja existência for informada ao hóspede e possam ser desativados por ele.

Para os especialistas legais e de segurança, é preciso se manter atento. “Tem muita gente por aí que usa câmeras por motivos escusos”, confirma Kenneth Bombace, CEO da empresa de proteção e consultoria de segurança Global Threat Solutions, descrevendo uma nova geração de dispositivos pequenos, sutis e acessíveis.

– Como detectar as câmeras escondidas? Profissionalmente, Bombace usa equipamentos de alta tecnologia para fazer varreduras em quartos de hotel e até em salas de reuniões corporativas, em busca de gravadores escondidos. Para o viajante médio e anônimo, porém, ele recomenda a “busca nos lugares óbvios”.

Isso inclui a procura por gravadores minúsculos ou lentes em qualquer objeto conectado a uma fonte de energia como o rádio-relógio, as tomadas e os eletrônicos movidos a bateria, como detectores de fumaça e alto-falantes Bluetooth. Apague as luzes e use uma lanterna – a do celular é suficiente – e procure luzes piscantes que possam revelar a presença de câmeras. Na dúvida, cubra os dispositivos com uma toalha ou tape as tomadas com fita adesiva.

Muitos aparelhos para gravação precisam de conexão com a internet para a transmissão das imagens; por isso, preste atenção para ver se há algum apetrecho conectado à rede Wi-Fi, e questione o gerente/anfitrião sobre sua utilidade. Aplicativos como o Network Analyzer e o Ubiquiti WiFiman fazem o escaneamento e detectam qualquer elemento conectado.

Na Amazon há diversas opções a menos de US$ 150 que garantem fazer a identificação de câmeras escondidas.

“Nenhuma dessas tecnologias é 100% eficiente, mas elas reduzem bem as chances de um eventual aparelho passar batido”, diz Bombace.

– Que recursos o hóspede tem? Se você encontrar uma câmera escondida no quarto do hotel ou na casa que alugou, reúna provas em fotos e vídeos e chame a polícia. A seguir, procure novas acomodações.

O Airbnb aconselha o hóspede a denunciar os casos de invasão de privacidade para sua equipe de apoio ao cliente. A Vrbo faz o mesmo, destacando em seu site que, se você sair do imóvel por causa de qualquer violação, “o anfitrião pode ser obrigado a devolver o valor integral da hospedagem”, além de ser expulso da plataforma.

Mas os proprietários ainda têm meios de garantir o cumprimento das regras de preservação do local. Tanto a Vrbo como o Airbnb permitem que usem aparelhos na parte externa para medir o volume de decibéis sem gravar as conversas, caso sejam exibidos ao locador. A primeira justifica a decisão como proteção em caso de reclamação dos vizinhos; a segunda, que proíbe festas, afirma que eles ajudam a constatar “reuniões não autorizadas”. As informações são do jornal The New York Times.

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