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Mundo Canadá se junta a França e Reino Unido e afirma intenção de reconhecer Estado da Palestina na ONU

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Primeiro-ministro Mark Carney afirmou que mudança é necessária para preservar a esperança de uma solução de dois Estados; Israel criticou anúncio.

Foto: Reprodução
Primeiro-ministro Mark Carney afirmou que mudança é necessária para preservar a esperança de uma solução de dois Estados; Israel criticou anúncio. (Foto: Reprodução)

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, declarou nesta quarta-feira, 30, a intenção de reconhecer o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro. O anúncio segue as decisões da França e do Reino Unido, outras duas nações do Grupo dos 7 (G-7) que também anunciaram o reconhecimento do Estado palestino.

Segundo o premiê, a mudança é necessária para preservar a esperança de uma solução de dois Estados na questão Israel-Palestina. “O Canadá tem a intenção de reconhecer o Estado da Palestina durante a 80ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas”, disse Carney em coletiva de imprensa.

Assim como fez com a França e o Reino Unido, Israel criticou de imediato a iniciativa, que considera parte de uma “campanha distorcida de pressão internacional”.

“Reconhecer um Estado palestino na ausência de um governo responsável, instituições funcionais ou uma liderança benevolente, recompensa e legitima a monstruosa barbárie do Hamas em 7 de outubro de 2023”, afirmou a embaixada de Israel em Ottawa.

Carney declarou que a decisão se baseou na convicção “arraigada” do Canadá em uma solução de dois Estados para o conflito, que existe desde a criação do Estado de Israel, em 1948.

O anúncio acontece em um momento em que Israel prossegue com a campanha militar na Faixa de Gaza, iniciada após o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023. Mais de 60 mil palestinos morreram, incluindo as principais lideranças do Hamas, e nos últimos meses Israel tem impedido a entrada de ajuda humanitária no território.

O bloqueio da ajuda humanitária agravou a situação de miséria e fome na Faixa de Gaza. Mais de 100 organizações humanitárias e a ONU denunciaram na semana passada uma crise de fome generalizada no local, incluindo mortes causadas por desnutrição.

Em paralelo, autoridades do governo israelense defendem a anexação do território, com a expulsão de palestinos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, principal aliado de Israel, endossa a ideia.

“Essa possibilidade de uma solução de dois Estados está se erodindo diante dos nossos olhos”, afirmou Mark Carney.

O primeiro-ministro canadense falou em “contínuo fracasso” de Israel para prevenir a catástrofe humanitária em Gaza e citou a expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental, também territórios palestinos.

“Durante décadas, esperou-se que [a solução de dois Estados] fosse alcançada como parte de um processo de paz baseado em um acordo negociado entre o governo israelense e a Autoridade Palestina”, ressaltou. “Lamentavelmente, este enfoque já não é sustentável”, acrescentou.

Hoje, 143 países entre os 193 que fazem parte da ONU, incluindo o Brasil, reconhecem a Palestina como Estado. O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou na semana passada que vai reconhecer o Estado palestino na Assembleia Geral da ONU. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, também anunciou a intenção de fazê-lo se Israel não adotar medidas para encerrar a guerra.

(Com O Estado de S.Paulo)

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