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Geral Carta de 17 ex-ministros e ex-presidentes do Banco Central cobra do governo federal desmatamento zero

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A ação das diferentes autoridades acontece num momento em que a atual política ambiental tem sido fortemente criticada por agentes econômicos e financeiros. (Foto: Agência Brasil)

Uma carta assinada por 17 ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do BC (Banco Central) cobra do governo federal ações para que o desmatamento tanto na Amazônia quanto no Cerrado caia para zero. Divulgada nesta terça-feira (14), a carta “Convergência pelo Brasil” apresenta “princípios para recuperação econômica considerando aspectos sociais e ambientais”.

O documento, segundo os organizadores, é uma iniciativa inédita com objetivo de trazer ao primeiro plano a questão ambiental como fundamental para o país entrar numa rota de crescimento econômico sustentável. A carta é assinada por Alexandre Tombini, Armínio Fraga, Eduardo Guardia, Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Krause, Gustavo Loyola, Henrique Meirelles, Ilan Goldfajn, Joaquim Levy, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Maílson da Nóbrega, Marcílio Marques Moreira, Nelson Barbosa, Pedro Malan, Persio Arida, Rubens Ricupero e Zélia Cardoso de Mello.

Uma economia sustentável vai nos dar mais retorno, mais qualidade de vida”, afirmou o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy. “Do ponto de vista da consciência coletiva, estamos melhor agora (do que antes da pandemia)”, afirmou o ex-presidente do Banco Central, Persio Arida, que participou da coletiva de imprensa para a divulgação da carta.

O Brasil já tem vantagens ambientais importantes, como um parque energético limpo e uso de combustíveis menos poluentes, mas têm negligenciado outros pontos essenciais, como o desmatamento crescente na Amazônia e do Cerrado. Por isso a urgência do documento. A iniciativa tem o apoio do Instituto Clima e Sociedade e do Instituto O Mundo Que Queremos.

A pandemia fez soar o alarme, mas não está sendo escutado. As pessoas têm de ter em mente que o impacto (ambiental) é mais devastador na nossa qualidade de vida e no agronegócio”, disse o ex-presidente do BC Armínio Fraga.

Na carta, foram elencados quatro pontos essenciais para que o Brasil insira o meio ambiente em sua política econômica:

1. Alcançar a economia de baixo carbono;

2. Zerar o desmatamento na Amazônia e no Cerrado;

3. Aumentar a resiliência climática;

4. Impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias.

As autoridades também destacaram o atual momento de intenso sofrimento causado pela Covid-19, com consequências especialmente graves à população brasileira, com desemprego e queda brusca na renda. Sem contar as consequências com a saúde daqueles que foram contaminados pelo novo coronavírus. Tudo esse cenário, segundo os ex-ministros e ex-presidentes do BC, deve ser fortemente endereçado e combatido com urgência, mas também aproveitando a oportunidade para trazer a política ambiental à seara econômica definitivamente. E, para isso, ser reformulada já. “Temos de aproveitar (o momento) e voltar o Brasil à cena restabelecido e reforçado, com nova visão e nova abrangência”, defendeu o ex-ministro da Fazenda e embaixador Marcílio Marques Moreira. “É possível ter boas leis de meio ambiente em linha com a economia”, disse o presidente do BC Gustavo Loyola, também presente na coletiva.

A ação das diferentes autoridades acontece num momento em que a atual política ambiental tem sido fortemente criticada por agentes econômicos e financeiros, com ameaças até mesmo de desinvestimentos no Brasil. Isso porque o desmatamento e queimadas na Amazônia têm crescido de forma exponencial nos últimos meses, para citar apenas um exemplo. “A imagem do Brasil está relacionada ao meio ambiente”, afirmou o ex-presidente do BC Ilan Goldfajn. “Temos de esperar uma atitude mais positiva e vamos ter de contar com o instrumento do voto”, defendeu a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello.

As autoridades ressaltaram ainda que é importante que governos, iniciativa privada, sociedade civil e comunidade internacional se antecipem diante dos previsíveis impactos de longo prazo que a negligência ambiental pode causar e trabalhar para construir uma economia de baixo carbono e resiliente para os desafios futuros. “Defendemos que critérios de redução das emissões e do estoque de gases de efeito estufa na atmosfera, e de resiliência aos impactos da mudança do clima sejam integrados à gestão da política econômica”, diz ainda o documento. As informações são do Instituto O Mundo Que Queremos.

 

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