Sábado, 18 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2022
Os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deram início à coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022. Programado para acontecer em 2020, o Censo está sendo realizado com dois anos de atraso em razão da pandemia de covid e de cortes orçamentários.
Até o início de novembro, os recenseadores vão visitar cada um dos domicílios nos 5.570 municípios do País, incluindo aldeias indígenas e territórios quilombolas.
O Censo é uma pesquisa realizada a cada 10 anos pelo IBGE, e a última foi feita em 2010. O levantamento realiza uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira e permite traçar um perfil socioeconômico do País.
Além saber exatamente qual o tamanho da população, o Censo visa obter dados sobre as características dos moradores – idade, sexo, cor ou raça, religião, escolaridade, renda, saneamento básico dos domicílios, entre outras informações.
A população brasileira é estimada atualmente em cerca de 215 milhões de pessoas. O IBGE calcula que existam hoje cerca de 75 milhões de domicílios no País. Até o início de novembro, os recenseadores vão visitar cada um dos domicílios, incluindo aldeias indígenas. Além disso, pela primeira vez, os moradores de territórios quilombolas serão contabilizados.
A coleta domiciliar nas áreas indígenas começa em 10 de agosto, e a dos territórios quilombolas, no dia 17.
Os primeiros resultados do Censo 2022 estão previstos para serem divulgados ainda no final deste ano. Outras análises e cruzamentos de dados serão divulgados ao longo de 2023 e 2024.
Serão aplicados dois tipos de questionário: o básico, com 26 quesitos, leva em torno de 5 minutos para ser respondido. Já o ampliado, com 77 perguntas e respondido por cerca de 11% dos domicílios, leva cerca de 16 minutos.
Importância
O Censo Demográfico tem por objetivo contar os habitantes do território nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros.
As informações do Censo são essenciais para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos públicos e privados.
Entre as políticas públicas afetadas pelo Censo, é possível citar:
— Calibragem da democracia representativa, através da contagem populacional (definição do número de deputados federais e estaduais e de vereadores);
— Determinação dos públicos-alvo de políticas públicas federais, estaduais e municipais;
— Detalhamento da população em risco para campanhas de vacinação;
— Ajustes nas políticas para superação e recuperação pós-pandemia;
— Distribuição das transferências da União para estados e municípios, com impacto significativo nos orçamentos públicos (segundo o IBGE, em 2019, 65% do montante total transferido da União para estados e municípios consideraram dados de população);
— Transferências e recursos para a administração de programas sociais;
— Identificação de áreas de investimento prioritário em saúde, educação, habitação, transportes, energia, programas de assistência a crianças, jovens e idosos.