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Armando Burd Chega de intermediários

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Rompimento unilateral pelo governo do Estado foi anunciado no fim de maio. (Foto: Camila Domingues/P.Piratini)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A novela com o título Revitalização do Cais Mauá já tem 31 anos. Merece um compacto com os melhores e piores momentos.

1º) Em 1988, durante a campanha eleitoral à Prefeitura de Porto Alegre, seis candidatos se comprometeram a planejar e levar adiante a obra.

2º) Desde o primeiro edital de licitação, intermediários sem capital se habilitaram e ganharam. Com o Diário Oficial na mão, saíram em busca de investidores para financiar o projeto. Na medida em que não conseguiam apoiadores, iam desistindo.

3º) A área central da cidade é um filé, usando jargão do setor imobiliário. Não apareceram interessados em investir na revitalização por um motivo: quem comprasse, por exemplo, salas de um edifício ali construído não receberia a escritura. O terreno pertence ao Estado, mas o porto é um bem da União. Por isso, não pode ser vendido.

4º) A utilização do que vier a existir no cais não poderá ultrapassar 25 anos, conforme fixa a licitação. Nenhum empresário adquire um imóvel nessas condições.

5º) Agora, tentam encontrar um modo de transferência da União para o Estado, que assim poderia vender as áreas.

5º) Enquanto novos capítulos se desdobram, as condições dos armazéns vão se deteriorando com a ferrugem e a falta de portas. Mais um pouco e precisarão ser derrubados.

Sabem onde pisam

Se a execução de todas as fases do projeto fossem viáveis, do ponto de vista legal, a população já estaria usufruindo de uma área revitalizada ao lado do rio, como ocorre em muitas outras cidades que desmobilizaram a área portuária. Empresários locais e de fora não entraram no negócio porque analisaram e concluíram sobre a inviabilidade.

Pedido para apagar tudo

A última empresa vencedora da licitação do cais do porto assinou o contrato em 2010. Desde então, correu atrás de investidores e não obteve êxito. Agora, apresentou uma proposta, pedindo ao governo do Estado que anule os nove anos passados e considere 2019 como ponto zero para a contagem de mais 25 anos. Ao mesmo tempo, segundo registro oficial, a empresa deve 6 milhões de reais por conta do aluguel de arrendamento de toda a área e quer que o valor seja perdoado.

Não dá para aceitar

Os advogados do Estado, que tratam do caso do cais, não podem aceitar as condições sugeridas pelo vencedor do edital. Se algum entrar na contramão, dizendo que o negócio é viável, precisará também considerar a possibilidade de tirar da parede o diploma emoldurado como bacharel em Direito.

Vai acelerar

A Comissão Especial da Reforma da Previdência se reunirá 11 vezes este mês. Haverá espaço para manifestações da equipe econômica do governo, de representantes das corporações e de quem mais quiser falar.

Começa a corrida

Candidatos da oposição começam a traçar a estratégia. Quando o simulador da Prefeitura de Porto Alegre estiver funcionando plenamente e a população tomar conhecimento do que pagará de IPTU, a partir de 2020, começarão estudos para reduzir o valor. Alguns pretendem fazer do assunto a bandeira de suas campanhas eleitorais. Assumirão o compromisso de que é possível diminuir despesas para compensar o acréscimo determinado pela nova planta de valores dos imóveis.

Mera ilusão

A privatização da CEEE, Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração, como exige a União, não ajudará o governo a sair da maior crise financeira até hoje enfrentada. O poço é muito mais profundo.

Repassando o custo

Depois da aprovação em comissões técnicas, irá hoje à votação na Assembleia Legislativa do Ceará projeto do governador Camilo Santana, do PT, que prevê: os presos terão de pagar pelo uso de tornozeleiras eletrônicas.

Preço da agitação

Grouxo Marx, comediante e ator norte-americano, é considerado mestre do humor. Uma de suas frases se encaixa com o cenário político brasileiro: “Quem quer marchar na areia movediça, quanto mais gesticula mais afunda.”

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Qual será o futuro do Cais Mauá?
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https://www.osul.com.br/chega-de-intermediarios/ Chega de intermediários 2019-05-02
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