Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 12 de julho de 2021
Militares da China disseram que expulsaram um navio de guerra americano que teria entrado ilegalmente em águas chinesas. A embarcação se aproximou das Ilhas Paracel nesta segunda-feira (12), mesma data na qual, em 2016, o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia (TPA) definiu que os chineses não tinham soberania sobre esta região marítima no Mar do Sul da China decisão que Pequim afirmou que iria ignorar.
A posse das ilhas e de suas águas territoriais é reivindicada também pelo Vietnã e por Taiwan, que Pequim considera uma província rebelde.
Soberania violada
Segundo o Comando de Operações Sul do Exército de Libertação Popular chinês, o navio americano USS Benfold entrou no território sem a aprovação de Pequim, violando seriamente a soberania do país asiático e desestabilizando a região marítima.
“Nós ordenamos que os Estados Unidos parem imediatamente tais ações provocadoras”, disseram as autoridades militares chinesas no comunicado.
A Marinha dos Estados Unidos, por sua vez, reconheceu em comunicado a presença do USS Benfold na região, mas afirmou que seu objetivo era “fazer valer que os direitos de liberdade de navegação”.
“Sob o direito internacional, refletido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, os navios de todos os Estados, incluindo os de guerra, desfrutam do direito de livre passagem pelo Mar do Sul da China”, disse o comunicado. O Congresso dos EUA nunca ratificou esta convenção.
“Ao realizar esta operação, os Estados Unidos demonstraram que essas águas estão além do que a China pode legalmente reivindicar como seu mar territorial, e que as linhas reclamadas pela China ao redor das Ilhas Paracel são incompatíveis com o direito internacional”, afirmou ainda a Marinha americana.
Centenas de outras ilhas, recifes e atóis na região, passagem vital para o comércio marítimo internacional e rica em recursos naturais, têm sua posse disputada por Brunei, China, Malásia e Filipinas. A China, a partir de sua própria demarcação, reclama direitos históricos sobre a área. As informações são da agência de notícias Reuters.