Sexta-feira, 01 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 27 de julho de 2025
A revista britânica The Economist classificou, em publicação nesta quinta-feira (24), as tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, e a suspensão dos vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como uma “chocante agressão de Trump ao Brasil”. Recentemente, a revista também afirmou que as ações de Trump estão “saindo pela culatra”
Na reportagem, a revista diz, ainda, que “raramente desde o fim da Guerra Fria os Estados Unidos interferiram tão profundamente em um país latino-americano”. Donald Trump e Lula são, aos olhos da The Economist, “inimigos ideológicos”, e citou as críticas feitas pelos apoiadores do presidente Trump à investigação conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes sobre desinformação nas redes sociais.
A The Economist ainda citou a série de medidas restritivas impostas a Bolsonaro, e a classificou a resposta do STF como “agressiva também”. O ex-presidente está usando tornozeleira eletrônica e está impedido de usar redes sociais.
Mesmo que as críticas estejam sendo feitas “há muito tempo”, o gatilho para que Trump começasse a agir teria sido a cúpula do Brics, que aconteceu nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, segundo a revista.
Impacto das tarifas
A revista britânica também falou sobre como as vendas brasileiras de produtos como café, carne e suco de laranja são importantes para os EUA. Os brasileiros, segundo a revista, estão enfurecidos com os ataques dos EUA ao Pix, também.
“O Pix estimulou a concorrência no setor bancário brasileiro, antes decadente, ao oferecer infraestrutura de baixo custo para que empresas iniciantes possam fornecer serviços financeiros com facilidade. […] Essa concorrência crescente também prejudicou empresas de pagamento americanas como Visa e Mastercard”, diz a reportagem.
Segundo o Economist, no entanto, algumas das reclamações sobre práticas comerciais consideradas desleais do Brasil também possuem “mérito”, pois o país tem uma das economias mais fechadas do mundo, com estímulos do governo federal e de governos locais à indústria nacional. Essa, porém, não é a maior preocupação de Trump, conforme escreveu a revista.
“O governo brasileiro tenta contatar a Casa Branca desde maio para negociar um acordo comercial, mas seus apelos têm sido ignorados”, disse. As informações são do portal NSC Total.