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Tecnologia Cientistas transmitem música para ETs e “escutam” um objeto interestelar, para o caso de ele ser uma nave

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O radiotelescópio EISCAT, na Noruega, enviou o sinal a GJ273 b. (Foto: EISCAT)

Se a humanidade acabar sem fazer qualquer contato com inteligência extraterrestre, não vai ter sido por falta de tentar. Enquanto os organizadores de um Festival de Música em Barcelona enviam uma mensagem de rádio com música terráquea para uma estrela próxima, uma equipe do projeto Breakthrough Listen sintoniza a partir dessa quarta-feira seus radiotelescópios no objeto interestelar ‘Oumuamua, que está de passagem pelo Sistema Solar, na esperança de que ele seja uma espaçonave alienígena.

Essas iniciativas são reunidas respectivamente nas categorias METI e SETI. ETI é sigla para inteligência extraterrestre. M é de mandar mensagem, e S é de busca. Nenhuma delas é totalmente inédita, mas inédito é o conhecimento que temos para promover ações como essa.

Começando pela iniciativa do Sónar Festival de Barcelona, que acontece em junho de 2018. Para celebrar a ocasião, os organizadores tiveram a ideia de promover a campanha “Sónar Calling GJ273 b” (“Sónar Chamando GJ273 b”).

Nela, reuniram trechos de canções diversas do gênero techno (tem Jean-Michel Jarre, Nina Kraviz e Kate Tempest, entre outros), agregada a uma saudação e um manual de instruções para decodificar o sinal digital em MP3, e dispararam, via rádio, para a estrela GJ273, também conhecida como Estrela de Luyten.

Localizada a 12,4 anos-luz de distância, ela é uma das estrelas mais próximas do Sistema Solar a sabidamente ter um planeta em sua zona habitável – uma superterra que chamamos de GJ273 b, por sinal.

Três transmissões foram realizadas nos dias 16, 17 e 18 de outubro, sempre à mesma hora do dia, a partir de um grande telescópio de 32 metros localizado na Noruega. Outras devem ser feitas em abril do ano que vem.

Os sinais estão viajando à velocidade da luz e devem chegar à estrela em 11 de março de 2030. Caso haja por lá alguém disposto a responder, só devemos esperar um sinal de volta depois de 2042. Comunicação interestelar é um troço, no mínimo, sonolento.

Claro, a essa altura, ninguém sabe se o planeta GJ273 b é mesmo habitável, que dirá lar de uma civilização inteligente. E, mesmo que seja esse o caso, eles precisarão estar com seus radiotelescópios apontados na direção do Sol e sintonizados nas frequências certas na hora exata em que a transmissão chegar lá para poderem ouvir. Ou seja, a chance de o sinal ser captado é quase nula.

“Esse é um experimento que diz, ‘Olá, estamos aqui; então, se quiserem responder estaremos ouvindo’”, explica Ignacio Ribas, astrônomo e diretor do Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha, o responsável por selecionar a estrela-alvo da mensagem, em entrevista à revista “Wired”.

O perigo mora ao lado?

Esse também é um experimento que vários cientistas, dentre eles o físico britânico Stephen Hawking, julgam extraordinariamente arriscado.

“Nós não sabemos muito sobre alienígenas, mas sabemos sobre humanos”, disse Hawking, num evento em 2015. “Se você olhar para a história, contato entre humanos e organismos menos inteligentes muitas vezes foram desastrosos pelo ponto de vista deles, e encontros entre civilizações com tecnologias avançadas versus primitivas foram ruins para as menos avançadas. Uma civilização que receba uma de nossas mensagens pode estar bilhões de anos à nossa frente. Se esse for o caso, ela será vastamente mais poderosa e pode não nos ver como mais valiosa do que o valor que damos a bactérias.”

É um argumento válido. Por outro lado, é difícil imaginar que uma civilização avançada já não saiba que estamos aqui – com ou sem transmissões para o espaço. É o que costuma contra-argumentar o astrônomo real britânico, sir Martin Rees. Com efeito, mesmo com nossas tecnologias atuais modestas, estamos prestes a sondar milhares de planetas próximos em busca de sinais de vida na composição de sua atmosfera. Não é inconcebível que em algumas décadas já tenhamos tecnologia para identificar poluição industrial ou mesmo as luzes noturnas em planetas potencialmente habitados por civilizações extraterrestres – se houver alguma lá fora.

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https://www.osul.com.br/cientistas-transmitem-musica-para-ets-e-escutam-um-objeto-interestelar-para-o-caso-de-ele-ser-uma-nave/ Cientistas transmitem música para ETs e “escutam” um objeto interestelar, para o caso de ele ser uma nave 2017-12-13
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