Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de março de 2020
Instituição divulgou nota informando sobre suspensão das aulas.
Foto: Reprodução/Google MapsO Colégio Israelita Brasileiro, de Porto Alegre, divulgou nota neste domingo (15) informando sobre a suspensão das aulas a partir da próxima quarta-feira (18). As aulas de segunda e terça-feira (16 e 17) estão mantidas. Depois desta data as atividades pedagógicas passarão a ser realizadas em plataforma online. Foi a primeira escola particular a tomar esta medida na Capital. Algumas universidades de Porto Alegre e do interior já tomaram medidas semelhantes.
Recomendação ainda não era para suspensão
Na sexta-feira (13) o Sinepe/RS (Sindicato do Ensino Privado do RS) divulgou comunicado esclarecendo que a interrupção de aulas ainda não era recomendada pelo Ministério da Educação e pela SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
Segundo a entidade, no dia 12 de março, infectologistas do Hospital Albert Einsten fizeram um evento online dirigido às instituições de ensino de todo País em que passaram informações importantes sobre o assunto. Questionados sobre quando a escola deve suspender as atividades, o infectologista Hélio Bacha indicou que o fechamento de turmas ou da escola somente é recomendado em casos confirmados de coronavírus entre alunos, professores e/ou funcionários. Os alunos que tiverem contato com o infectado precisam ficar em quarentena, isto é, 14 dias isolados.
Diante de possíveis casos no ambiente escolar, o Sinepe informa que a Federação Nacional das Escolas Particulares recomendou, em nota emitida na sexta-feira (13) que as escolas considerem a possibilidade de substituição excepcional das aulas presenciais por virtuais, tendo como apoio o uso de ferramentas tecnológicas.
“Sugerimos, inclusive, que esta opção de atendimento ao aluno seja contabilizada como atividade letiva. Apesar de a nossa legislação não trazer norma específica para a situação que o país se encontra, recomendamos, como dispositivo utilizado em situação semelhante, a leitura do Decreto nº 1.044/1969, que dispõe sobre o tratamento excepcional para alunos portadores das afecções”, orienta a Federação. A entidade sugere ainda que aquelas escolas que ainda não utilizam tais plataformas, estudem a sua implantação em caráter emergencial, diante de um possível avanço da doença no País.
Outra recomendação importante da Fenep, diz a entidade, é que, por precaução, as instituições adiem eventos extracurriculares, como feiras culturais, gincanas ou torneios desportivos, assim como eventuais atividades internas em locais de grande circulação, como bibliotecas, cantinas, teatros e afins.
A entidade ressalta que o cenário pode mudar. “Diante de mudanças no quadro atual, novas orientações poderão ser divulgadas em nossos canais oficiais e nas redes sociais”, dizia o comunicado.
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Publicado por Colégio Israelita Brasileiro em Domingo, 15 de março de 2020
Universidades
A ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) anunciou durante a semana a suspensão das aulas em todos os campi, após o anúncio de uma aluna e uma professora infectadas pelo coronavírus.
A Unipampa (Universidade Federal do Pampa), a UFPEL (Universidade Federal de Pelotas) e o IFRS (Instituto Técnico Federal do RS) também suspenderam temporariamente as aulas.
A UFRGS (Universidade Federal do RS) divulgou que as atividades extracurriculares, como cursos e palestras, estão suspensas. Por enquanto as aulas estão mantidas em todos os campi.
As medidas são semelhantes na Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul), e PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do RS), que incluiu a informação de que a universitária que foi identificada como caso positivo de coronavírus não esteve no campus.
Legislativo
Instituições do legislativo também suspenderam parcialmente as atividades ou restringiram o acesso local devido ao coronavírus. A Assembleia Legislativa do RS e a Câmara Municipal de Porto Alegre já haviam tomado medidas semelhantes à da Câmara dos Deputados. Foram tomadas medidas como acesso restrito e suspensão de audiências públicas. No Senado, servidores e senadores idosos deverão ser dispensados temporariamente ou orientados a trabalhar de forma remota.