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Mundo Com 523 mortes, a França tem o maior número de óbitos diários causados pelo coronavírus desde abril

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UTIs vão entrar em colapso até 11 de novembro se medidas mais rígidas não forem adotadas. (Foto: Reprodução)

A França registrou 523 mortes pela covid-19 nesta terça-feira (27), o número mais alto de óbitos em um só dia desde 22 de abril, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em reunião a portas fechadas, o primeiro-ministro Jean Castex afirmou a deputados que as unidades de tratamento intensivo (UTIs) irá entrar em colapso até 11 de novembro caso medidas mais rígidas não sejam adotadas.

“Ele [o primeiro-ministro] nos disse que no dia 11 de novembro nossos hospitais estarão em um nível de saturação semelhante ao da primeira onda, ou seja, um nível de saturação extrema”, disse o deputado André Chassaigne a jornalistas após a reunião. “Portanto, a situação é bem grave. Se não conseguirmos achatar a curva nos próximos 15 dias, nossos hospitais não serão capazes de tratar os pacientes.”

Outro deputado, Fabien Roussel, confirmou as informações comunicadas pelo premier. Castex, no entanto, não disse quais medidas estão sendo planejadas, segundo os participantes do encontro. Mas segundo a emissora BMF, elas incluiriam uma quarentena nacional com um mês de duração já partir da meia-noite de quinta. O presidente Emmanuel Macron deve fazer um pronunciamento sobre o surto na noite desta quarta-feira (28).

Nesta terça foram registrados 33.417 casos de covid-19, número maior que o de segunda (26): 26.711. O recorde foi no domingo (25), quando foram comunicadas 52.010 novas contaminações.

Comparando com os números do dia 20 de outubro, quando a França registrou 20.648 casos, houve um aumento de 60% das infecções desde então.

Pelo segundo dia seguido, mais de mil pessoas foram hospitalizadas com covid-19. Foram 1.194 nesta-terça e 1.307 na segunda. Além disso, 148 pessoas foram transferidas para unidades de terapia intensiva — na segunda, foram 186.

No momento, há um toque de recolher que vale para cerca de dois terços da população, em torno de 46 milhões de pessoas. O deslocamento é limitado das 21h às 6h da manhã em 54 departamentos e regiões ultramarinas.

Protestos

Protestos tomaram as ruas da Itália e de alguns pontos da Espanha na noite de segunda, em repúdio às novas restrições impostas pelo governo para fazer frente à segunda onda da covid-19. Na Itália, confrontos foram registrados em ao menos duas grandes cidades do Norte, região mais afetada durante a primeira onda da doença, com saques e episódios de violência.

No centro de Turim, no Piemonte, a violência se concentrou ao redor de um shopping de luxo, com saques a lojas de marcas como Gucci, Louis Vuitton e Apple. Segundo as autoridades, cinco pessoas foram denunciadas por furto e danos ao patrimônio. Entre os responsáveis estavam integrantes de torcidas organizadas e de movimentos de extrema direita infiltrados em um protesto anteriormente pacífico. Peças apreendidas foram devolvidas aos lojistas nesta terça.

Um pequeno grupo, majoritariamente formado por jovens, teria lançado sinalizadores e coquetéis molotov contra a tropa de choque. Para dispersá-los, a polícia da rica região do Piemonte usou gás lacrimogêneo. Bares e restaurantes também foram vandalizados, e cerca de 10 agentes de segurança precisaram de atendimento médico em razão de ferimentos.

Horas antes, no mesmo local, cerca de 300 taxistas protestaram contra o colapso do setor turístico e a falta de passageiros. Já em Milão, ao menos 28 pessoas foram presas durante manifestações que terminaram com bondes vandalizados, lixeiras incendiadas e janelas quebradas. Alguns manifestantes com os rostos cobertos jogaram pedras contra a sede do governo regional. Coquetéis molotov e artefatos similares também foram lançados contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo.

Assim com a Itália, a Espanha também foi palco de manifestações em repúdio ao toque de recolher nacional, que passou a valer no domingo e vai das 22h às 6h. Um pequeno grupo se reuniu no centro de Barcelona na noite de segunda para protestar contra os governos local e nacional, num protesto que acabou em confronto com a polícia.

Novas restrições são adotadas por uma série de países europeus, como França, Dinamarca, Reino Unido, Bélgica e República Tcheca, para fazer frente à segunda onda, que ganha força com a aproximação do inverno. Apenas na semana passada, segundo a Organização Mundial da Saúde, foram registrados 1,3 milhão de novos casos.

A Rússia também acirrou suas medidas de restrição, obrigando a população a usar máscaras em lugares públicos como estacionamentos, elevadores, táxis e espaços lotados. Há ainda recomendações para que as autoridades regionais considerem um toque de recolher noturno para bares e restaurantes entre 23h e 6h. O país tem hoje o quarto maior número de infecções do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos, da Índia e do Brasil. Nas últimas 24 horas, foram registrados 16.550 novos diagnósticos, quantia que vem aumentando nas últimas semanas.

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