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Teatro & Dança Com ingressos esgotados, a peça “Frida y Diego” resgata a relação dos artistas mexicanos

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Os artistas mexicanos são interpretados por Leona Cavalli e José Rubens Chácha. (Foto: Reprodução)

Assinada pela dramaturga Maria Adelaide Amaral, a  peça “Frida y Diego” é uma das sensações do Porto Alegre em Cena deste ano, tanto que todos os ingressos para as duas apresentações do espetáculo na capital foram vendidos. A montagem, estrelada por Leona Cavalli e José Rubens Chácha, será realizada neste sábado (5), às 21h, e domingo (6), às 18h, no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº).

A ideia inicial do diretor Eduardo Figueiredo, que concebeu a peça, era retratar apenas Frida Kahlo. “Pensei nela porque queria fazer uma peça que falasse do universo feminino, mas com um toque um pouco mais profundo”, diz. No entanto, ao encomendar o texto a Maria Adelaide Amaral, descobriu a relevância de Rivera nas vidas pessoal e profissional de Frida. “É impossível dissociá­los”, diz a dramaturga. “A parte mais significativa da obra dela é inspirada pela relação que eles tiveram.”

Adelaide foi contatada em dezembro de 2012, quando, coincidentemente, acabara de voltar do México, em uma viagem dedicada à visita dos locais relacionados à história de Frida. Ela aceitou a encomenda com a condição de entregá-­la após o término da novela “Sangue Bom”, que se aproximava da estreia. Durante este período, gestou – como a própria diz – a peça, lendo biografias sobre ambos e ouvindo muitos boleros mexicanos.

(Foto: Reprodução)

(Foto: Reprodução)

“Ler correspondências é fundamental”, diz. “É por meio das cartas que você fica sabendo de coisas fundamentais para o texto. A correspondência me dá uma essência mais intrínseca do personagem.” O enredo parte de 1940, quando, após ser liberada da prisão, Frida (Leona) viaja do México a San Francisco, na Califórnia, para reencontrar Diego (Chácha).

É nesta ocasião que eles retomam os momentos importantes de sua relação, acertando contas e discutindo as mágoas recíprocas – entre elas, as únicas traições que realmente abalaram a vida de ambos: quando Frida se envolve com Leon Trotski e Diego com Cristina, irmã da artista. A ideia é mostrar o casal como humano, não como ícones.

“A peça mata a sede de quem conhece a história deles, mas nunca olhou essa relação pela fechadura”, define Chachá. A encenação segue até 1953, quando, no ano anterior ao de sua morte, Frida é homenageada com a primeira exposição de suas obras no México. O momento foi marcante porque, na impossibilidade de andar, a artista fez questão de estar presente, chegando em uma maca e recebendo admiradores em uma cama.

Essenciais nesta montagem, as músicas que integram a trilha foram indicadas já no texto. Segundo Adelaide, a trilha não tem apenas a ver com as cenas, mas com o estado de espírito da dramaturga no momento da escrita. Executadas ao vivo, as músicas casam baixo, banjo, acordeom e violão e ajudam a segurar a encenação, principalmente nos momentos em que os atores ficam ausentes para fazer trocas de figurino.

Como adiantou a reportagem, era Lucélia Santos quem, originalmente, viveria Frida. No entanto, ela abandonou o projeto para participar do quadro “Dança dos Famosos”, do programa Domingão do Faustão. Leona, então, assumiu o papel. “Uma das coisas que me encantaram no texto foi a possibilidade de trazer a cena para a atualidade”, diz a atriz, que vê, na artista, um espírito de revolução necessário no mundo de hoje. Tanto Leona quanto Chachá já tinham interpretado personagens reais antes. Foi ela uma das primeiras Cacildas de Zé Celso e ele deu vida a Oswald de Andrade. “Fazer personagens reais pode
parecer limitador, mas é o contrário”, diz o ator. “Mergulhar na obra e encontrar, no fundo, o que é esse ser humano é muito inspirador.”

Os ingressos custam R$ 40 (promocional) e R$ 80, à venda no local e também na Usina do Gasômetro, nas lojas My Ticket e pelo site www.ingressorapido.com.br. (AE)

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