Sábado, 19 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de junho de 2020
A Itália registrou nesta sexta-feira (26) mais 259 casos e 30 mortes na pandemia do coronavírus Sars-CoV-2, elevando o total de pessoas infectadas para 239.961 e o de óbitos para 34.708.
Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, que desde quinta (25) passou a publicar o boletim no lugar da Defesa Civil. Os números desta sexta apresentam quedas em relação aos de quinta, quando foram contabilizados 296 casos e 30 mortes.
A Itália também tem 187.615 pacientes curados, o que significa 78% do total de contágios, e 17.638 casos ativos, menor número desde 13 de março (14.955). Desse total, 105 estão internados em UTIs.
Ao longo desta semana, as autoridades sanitárias identificaram novos focos de disseminação do vírus, incluindo um condomínio popular em Mondragone (43 casos), uma empresa de transporte de mercadorias em Bolonha (91) e um asilo em Gênova (12).
No entanto, todos os locais já estão em lockdown, e não houve impactos significativos nas estatísticas diárias no país.
Espanha
Há uma dúzia de surtos de Covid-19 ativos na Espanha, e eles não seguem um padrão. O coronavírus continua por aí e se aproveita de qualquer oportunidade para voltar a infectar. As sociedades médicas não estão vendo por enquanto nada que saia do roteiro previsto: sabiam que haveria surtos, e o crucial, dizem, é controlá-los a tempo. Mas mostram preocupação por certo relaxamento das medidas de prevenção por parte da população, que podem levar a um novo descontrole da epidemia.
“Os surtos são esperados sempre que forem controlados e limitados, algo que depende dos sistemas de saúde pública”, diz Rafael Manuel Ortí Lucas, presidente da Sociedade Espanhola de Medicina Preventiva, Saúde Pública e Higiene. “O que nos preocupa é que escape à comunidade por meio de festas, reuniões noturnas, eventos, agrupamentos sociais em bairros ou ambientes de veraneio, e não seja detectado pelos serviços de saúde pública, que estarão debilitados por causa do verão”, prossegue.
Neste momento, deixariam de ser simples surtos para se tornarem uma transmissão comunitária descontrolada, que é o que pode dar lugar a uma segunda onda da epidemia, como está ocorrendo na Coreia do Sul. Em outros lugares com picos de casos não se pode falar desse conceito, porque ainda estão imersos na primeira onda, segundo os especialistas.
Na opinião de Ortí, embora em geral a resposta da sociedade seja positiva, “estamos vendo relaxamentos”. “O risco da doença continua, e parece que às vezes se esquece”, acrescenta Pedro Gullón, da Sociedade Espanhola de Epidemiologia. Pedro Rascado, coordenador do Plano de Contingência contra a Covid-19 da Sociedade Espanhola de Medicina Intensiva, Crítica e de Unidades Coronarianas (Semicyuc), vê com preocupação alguns comportamentos: “Dá a sensação de que não soubemos transmitir a gravidade da situação”.