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Mundo Com ômicron veloz, mas menos letal, governos focam mais em vacinação do que em leitos

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Diversos especialistas veem agora com mais cautela o “tsunami” de casos. (Foto: Reprodução)

Estados Unidos e Europa terminaram o ano batendo recordes diários de casos de covid, conforme a variante ômicron se espalha. Mas o número de internações e mortes não cresceu no mesmo ritmo, o que tem levado governos a intensificar os programas de imunização e focar em doses de reforço.

Para o infectologista Anthony Fauci, que chefia a equipe de virologistas da Casa Branca, o risco de colapso dos hospitais seria mais preocupante do que o número de infecções diárias. “À medida que as infecções se tornam menos graves, é muito mais relevante prestar atenção nas internações, em vez do número total de casos”, disse.

Fauci não está sozinho. Diversos especialistas veem agora com mais cautela o “tsunami” de casos. Na semana passada, uma média de 400 mil casos foram relatados todos os dias nos EUA, três vezes mais que duas semanas atrás. As hospitalizações, porém, aumentaram em uma proporção menor: 33%, na média, enquanto as mortes caíram 4%, segundo o The New York Times. Na Europa, o cenário é parecido.

O número de casos subiu porque a ômicron parece ser muito mais contagiosa, mas menos letal. Por isso, segundo Fauci, a preocupação deve ser voltada para as vacinas. “A principal questão é: as vacinas estão nos protegendo da doença mais grave que leva à hospitalização?”, questionou.

Até agora, de acordo com ele, a resposta é sim. “Mas ainda estou muito preocupado com as dezenas de milhões de pessoas que não foram vacinadas, porque um grande número vai contrair a doença grave.”

Ainda que as hospitalizações não estejam crescendo no mesmo ritmo das infecções, a combinação de duas variantes – ômicron e delta – representa um risco de pressão sobre os serviços de saúde, de acordo com Fauci.

Interrupção

Mesmo que a ômicron seja mais branda, como a maioria das evidências sugere, um número maior de casos significa mais profissionais de saúde afastados do trabalho em razão de contaminações. É o que está acontecendo em várias partes dos EUA, com hospitais enfrentando escassez de pessoal.

“No momento, a principal preocupação é o efeito da ômicron na equipe dos hospitais em conjunto com a fadiga e o aumento das internações”, disse Julio Figueroa, chefe de doenças infecciosas do Louisiana State School Health Sciences Center.

O Havaí já solicitou 700 profissionais de saúde da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências. Em Illinois, cirurgias e procedimentos eletivos começaram a ser adiados. Em Maryland, o número de pacientes ultrapassou o pico do inverno passado.

“As próximas quatro a seis semanas serão um ponto terrível nesta crise e a pior parte de toda a luta de dois anos”, disse o governador de Maryland, Larry Hogan. No sábado, Reino Unido e algumas localidades da Austrália fizeram o mesmo alerta sobre o efeito da nova variante sobre os profissionais de saúde.

Apesar do aumento do número de casos – o mundo está registrando uma média de 1,5 milhão por dia –, governos de vários países ainda resistem em adotar restrições mais radicais. Muitos serviços, porém, estão parando de funcionar mesmo assim. Em várias partes dos EUA, policiais, bombeiros, paramédicos e controladores de trânsito não estão conseguindo completar a escala de turno por falta de pessoal.

Atrasos

Na cidade de Nova York, as linhas do metrô vêm sofrendo atrasos regulares devido à falta de funcionários, e o Corpo de Bombeiros pediu aos residentes que não ligassem para a emergência, exceto em casos graves. Várias espetáculos da Broadway também foram cancelados por infecções entre produtores e artistas.

Mesmo antes do feriado de Natal, companhias aéreas dos EUA já cancelavam voos por escassez de tripulação. Agora, faltam funcionários até mesmo para remarcar as viagens nos call centers.

Grandes empresas americanas adiaram ou descartaram totalmente os planos de retorno presencial ao escritório. Muitas universidades voltaram para as aulas virtuais e escolas de Cleveland, Detroit, Milwaukee e Newark adiaram o retorno presencial.

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