Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de maio de 2021
Lote será utilizado para avançar a imunização do grupo das comorbidades em Porto Alegre.
Foto: Itamar Aguiar/Palácio PiratiniPor volta das 19h30min desta segunda-feira (10), pousou em Porto Alegre um avião trazendo o segundo lote de vacinas da farmacêutica norte-americana Pfizer enviado pelo Ministério da Saúde. São mais de 69 mil doses, das quais cerca de metade serão distribuídas aos postos de saúde da capital para aplicação imediata.
Já o restante será mantido em superfreezers emprestados pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pela Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) até a próxima distribuição. O objetivo é garantir a aplicação da segunda dose, a fim de evitar desabastecimento para a finalização do ciclo do produto, que prevê duas injeções.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), essa nova remessa será utilizada para avançar a imunização do grupo das comorbidades. Neste primeiro momento, os imunizantes serão utilizados apenas em Porto Alegre, assim como a primeira remessa de vacinas deste laboratório que chegou ao Estado na última semana.
As vacinas permanecem armazenadas na capital gaúcha por questões de logística e armazenamento. Isso porque o fármaco precisa ser conservado congeladas em supercongeladores que alcançam a temperatura de -80ºC.
Próximas remessas
Com esse novo lote, o Rio Grande do Sul já soma 5 milhões de doses recebidas, das quais 3,4 milhões foram aplicadas. Cerca de 1 milhão de pessoas já concluíram o esquema vacinal (duas doses) de alguma das três fabricantes que estão sendo aplicadas no Estado (Coronavac, Oxford e Pfizer).
Para o mês que vem, está prevista a chegada de novos lotes da Pfizer, dessa vez para distribuição a municípios do Interior gaúcho. A Secretaria Estadual da Saúde e outros órgãos do Executivo realizam tratativas, nesse sentido, com universidades para o auxílio no armazenamento nos freezers especiais.
Nesta terça-feira (11), aliás, o governador Eduardo Leite e a secretária Arita Bergmann farão a entrega oficial de 52 das 310 câmaras de conservação de vacinas para municípios com menos de 100 mil habitantes. Os equipamentos são de uso médico-hospitalar e com capacidade de 200 litros, operando com temperaturas entre 2°C e 8°C – servem para guardar insulina, vacinas e outros medicamentos.
O lote entregue faz parte de compra de 310 unidades realizada pelo governo gaúcho com recursos do Ministério da Saúde. Ao todo, 194 municípios serão contemplados e constam em resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB, formada por gestores estaduais e municipais) publicada no Diário Oficial do Estado de 3 de maio.
O objetivo é aprimorar a Rede de Frio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) com a substituição das geladeiras domésticas por câmaras de conservação de imunobiológicos. Os critérios para a escolha dos municípios foram, além da população inferior a 100 mil habitantes, contar com sala de vacinas e sistema de informação oficial do Ministério da Saúde implantado para registro de vacinados e movimentação de imunobiológicos, além de não estar equipado com câmara refrigerada.
A definição também levou em conta um levantamento do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems) por meio de formulário eletrônico respondido pelas secretarias de saúde dos municípios. Inicialmente, a lista de compra era de 303 unidades, mas o Estado acabou adquirindo mais sete equipamentos nos últimos dias.
(Marcello Campos)
Voltar Todas de Rio Grande do Sul