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Você viu? “Como enganei os hackers que aplicaram golpe nos meus pais”

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Medo dos usuários é explorado em golpe “suporte técnico”. (Foto: Reprodução)

Ao chegar em casa, certo dia, o especialista em segurança digital Ivan Kwiatkowski ficou sabendo que hackers haviam tentado aplicar um golpe em seus pais. Em vez de deixar para lá, ele resolveu tentar hackear os criminosos.

O tipo de golpe que tentaram aplicar nos pais de Kwiatkowski, o “golpe de suporte técnico”, é bastante comum no mundo inteiro. Nele, os cibercriminosos tentam fazer a vítima acreditar que o computador dela tem problemas para, em seguida, vender programas caros apesar de inúteis e coletar dados bancários e do cartão de crédito que não deveriam ser passados para ninguém.

Softwares “do medo”
Apesar dos alertas, é fácil cair no golpe “suporte técnico”, porque os hackers exploram o medo dos usuários. Eles podem, por exemplo, enviar e-mails às vítimas, ou fazer aparecer na sua tela mensagens instantâneas, ou anúncios falsos com alertas sobre vírus ou situações de risco.

Foi exatamente o que aconteceu com os pais de Kwiatkowski. Uma mensagem surgiu na tela dizendo ter sido identificado um vírus que comprometia o funcionamento da máquina. O texto vinha acompanhado de um número de telefone para o qual o usuário deveria ligar para resolver o “problema”.

Essas mensagens, chamadas de scareware (softwares “do medo”), aconselham os usuários a procurar apoio técnico urgente.

Hackeando o hacker
Quando soube que os pais haviam recebido um alerta desse tipo, Kwiatkowski decidiu ligar para o número que aparecia na tela, fingindo que tinha mordido a isca. O assistente que atendeu o telefone tentou assustá-lo, abusando de jargões técnicos e vocabulário sem sentido. Recomendou que comprasse um “pacote de proteção” para o computador por 300 euros (cerca de 1.100 reais). Foi nesse momento que o especialista em segurança executou seu plano de vingança.

Primeiro, Kwiatkowski usou números de cartão de crédito aleatórios (falsos) para desperdiçar o tempo dos golpistas. Conforme relatou em seu blog, vários minutos depois, veio a ideia principal.

“Eu disse ao assistente que iria comprar o pacote, mas não conseguia distinguir claramente os números no meu cartão de crédito. Então falei que mandaria uma foto”, contou Kwiatkowski.

No entanto, nenhuma foto com os números da frente e do verso do cartão foi enviada. O arquivo encaminhado aos golpistas nada mais era que um vírus disfarçado de imagem.

“A pessoa não disse nada por um curto período de tempo, e então falou: ‘Eu tentei abrir sua foto, mas nada acontece.’ Fiz força para não cair na gargalhada”, disse Kwiatkowski.

Pagamento de resgate
O “vírus” que o técnico em segurança mandou aos golpistas é conhecido como “Locky Ransomware”. Ele trava a máquina, bloqueia os arquivos e pede um pagamento de resgate para o usuário recuperá-los. Kwiatkowski disse que não é possível saber com certeza se o vírus de fato infectou o computador dos golpistas, mas crê que sim.

“O atendente não deixou transparecer que algo tinha acontecido no computador, por isso a minha tentativa é melhor representada como uma morte não confirmada”, comentou o especialista em segurança digital.

Entre enviar o vírus e desligar o telefone, Kwiatkowski ainda conversou mais tempo com o hacker, contente de saber que “um processo de segundo plano estava criptografando silenciosamente” todos os arquivos da máquina dos golpistas. (BBC)

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https://www.osul.com.br/como-enganei-os-hackers-que-aplicaram-golpe-nos-meus-pais/ “Como enganei os hackers que aplicaram golpe nos meus pais” 2017-01-22
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