Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de outubro de 2021
Dívida é tudo aquilo que você adquire e não paga imediatamente. Seja um produto ou serviço que vai vir na fatura do cartão de crédito ou uma compra parcelada, por exemplo. É uma responsabilidade assumida de pagamento futuro.
Falar em dívidas pode ser um tanto quanto desconfortável, mas é importante ter conhecimento sobre o tema tanto para evitá-las como para sair delas. Reconhecer a situação é o primeiro passo para a solução.
O diretor de desenvolvimento em negócios do Sicredi, Adilson de Sá, alerta que, um dos motivos que levam ao endividamento exagerado no Brasil é uma tendência que as pessoas têm de se esquecer de parcelas futuras de dívidas contraídas e, com isso, perder o controle das finanças.
“Geralmente, a pessoa faz um cálculo imediato para a tomada de decisão de consumo. Ela até pensa se aquele valor vai caber no orçamento daquele mês, mas precisa ficar atenta a todo o prazo de compromisso com aquele pagamento. É muito importante ter isso anotado dentro do orçamento e não se esquecer de que além daquela dívida existem os demais gastos comuns do dia a dia. Isso a ajuda a não se endividar em excesso.”
Orçamento
Um bom orçamento é uma ferramenta fundamental para lidar com as dívidas e eliminá-las de forma eficiente. “Você precisa saber de forma clara quanto ganha e quanto pode gastar, para não precisar recorrer a alternativas caras de crédito para se socorrer quando as dívidas superam as receitas. Quando isso acontece, o mais comum é recorrer às alternativas mais caras, como usar o cheque especial ou não pagar o total da fatura do cartão de crédito, que é muito caro no Brasil”, alerta Sá.
Por isso, não deixe de se dedicar a montar seu orçamento com cuidado e atenção, sem deixar faltar nenhuma informação importante.
Depois de saber exatamente quais são todas as suas dívidas e ter consciência da sua capacidade de pagamento é importante não contrair novas dívidas e partir para a renegociação das que já possui. “É muito interessante buscar uma alternativa de crédito mais barato para trocar pelas dívidas mais caras. Uma excelente opção é o crédito consignado, que tem taxas de juros menores, já que é um empréstimo descontado diretamente do salário”, sugere Sá. Outra opção é buscar renegociar prazos com os credores para reduzir o valor das parcelas e conseguir uma folga no orçamento.
Cortar gastos para aumentar o dinheiro disponível para quitar as dívidas também contribui muito com o combate ao endividamento. “Você precisa identificar despesas supérfluas e desperdícios dentro do seu orçamento, para reduzir esses gastos e permitir que sobre mais dinheiro para pagar as dívidas, sempre das mais caras para as mais baratas”, orienta o diretor de desenvolvimento do Sicredi.
Emergências
Sá destaca ainda que um motivo comum que gera endividamento é o fato de que muitas pessoas não têm uma reserva financeira para emergências ou mesmo para cobrir gastos mais altos. “Quando acontece um imprevisto, ou quando você não tem o valor completo para comprar um bem à vista, você é levado a assumir dívidas, normalmente com altas taxas de juros”, esclarece.
Separar uma parte do que ganha mensalmente é, portanto, a principal atitude preventiva para não ser obrigado a contrair novas dívidas. “É importante fazer isso no dia em que recebe o salário, porque se esperar sobrar para poupar, não vai sobrar. Para quem não tem tanta disciplina, existem as chamadas aplicações programadas, em que a instituição financeira debita o valor que você determinou para a aplicação no dia em que seu salário entra na conta. Assim, você não deixa de poupar e constrói a sua reserva para quando precisar”, descreve. As informações são do Sicredi.