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Economia Companhias aéreas sobem preços e demanda pode começar a refluir

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Latam, Gol e Azul, as três maiores companhias aéreas do país, já sinalizaram redução de frequências e suspensão de rotas. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O aumento nas tarifas aéreas, movimento que começou no ano passado, com a volta gradual do consumidor aos aviões, passada a fase aguda da pandemia, tem ajudado as companhias aéreas. Mas há receio entre os especialistas de que a demanda pode começar a refluir.

Isso porque a viagem de urgência, para visitar um amigo ou parente que não era visto há anos, já foi feita nos últimos meses. E o consumidor, com a renda achatada pela inflação em alta, tende a ser mais sensível a preço.

Latam, Gol e Azul, as três maiores companhias aéreas do país, já sinalizaram redução de frequências e suspensão de rotas.

Segundo o sócio da Bain & Company e especialista em aviação, André Castellini, a disparada do petróleo, causada pela guerra na Ucrânia (iniciada em 24 de fevereiro), fará a operação doméstica brasileira encolher aproximadamente 15% nos próximos dois a três meses. A queda não é maior por causa da valorização do real em relação ao dólar, que ajuda a compensar parte do salto dos custos das aéreas.

“Mesmo assim [com o salto do petróleo], acreditamos que janeiro de 2023 será parecido com o de 2019”, disse Castellini, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Na projeção feita pela consultoria em janeiro deste ano, antes da guerra, a estimativa era que o mercado aéreo brasileiro em abril recuperasse 85% do que era no pré-pandemia. A nova estimativa é de 70% de recuperação. Fora do Brasil, o impacto tem sido ainda mais severo, com atraso na média de seis meses no calendário de retomada.

Antes mesmo da alta do petróleo com a guerra, os bilhetes vinham em uma tendência de crescimento. A recuperação da demanda no quarto trimestre ajudou Latam, Gol e Azul a registrarem um salto médio de 8,3% no yield (valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro), na comparação com o mesmo período de 2019, quando não havia pandemia. Recentemente, a Gol divulgou que seu yield atingiu no primeiro trimestre um recorde para o período, de R$ 0,3677, alta de 45,2% no ano. Latam e Azul divulgam seus balanços nos próximos dias.

O mercado tem registrado a cada mês salto na demanda por viagens. Mas a guerra fez o setor pisar no freio, reduzir a oferta prevista para os próximos meses e até postergar novas rotas.

Diante do conflito no Leste Europeu, a Gol cortou em março sua estimativa de receita líquida para o fechamento de 2022 em R$ 300 milhões, para R$ 13,7 bilhões – ficando assim levemente abaixo do registrado em 2019, de R$ 13,8 milhões. A perspectiva era aumentar a oferta de assentos entre 70% e 80% neste ano em relação a 2021, mas agora a companhia estima uma alta de 65% a 75%. As projeções foram reforçadas pelos executivos na divulgação do balanço do primeiro trimestre deste ano.

Na Latam, o cenário é parecido. O yield global da empresa registrou recuperação de 48% no quarto trimestre contra 2020, embora ainda esteja 5% abaixo do pré-pandemia. O mercado brasileiro, que representa mais de 50% da receita da Latam, tem sido foco de retomada. A empresa, entretanto, precisou pisar no freio.

Antes, a Latam tinha como estimativa para o segundo trimestre algo entre 8% e 9% de oferta acima do que praticava na pré-pandemia. Agora, a estimativa é 10% de redução no plano original.

“A Latam esclarece que em função da alta do preço do querosene da aviação, resultante da evolução da guerra na Ucrânia, precisou realizar alguns ajustes em sua malha doméstica”, afirmou, em nota.

Já a Azul conseguiu retomar algo como 70% do mercado corporativo de grandes empresas – segmento importante por pagar mais pelos bilhetes. As tarifas corporativas estão entre 30% e 40% mais caras do que antes da pandemia. O grupo, entretanto, tem estudado reduzir frequências em rotas menos rentáveis diante da disparada no preço dos combustíveis. A companhia não deu detalhes sobre como e em que quantidade têm sido aplicadas essas reduções. As informações são do jornal Valor Econômico.

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https://www.osul.com.br/companhias-aereas-sobem-precos-e-demanda-pode-comecar-a-refluir/ Companhias aéreas sobem preços e demanda pode começar a refluir 2022-05-04
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