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Variedades Conheça as tendências para o turismo pós-pandemia

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Procurar formas alternativas de transporte e realizar a viagem dos sonhos são algumas das tendências pós-pandemia. (Foto: Reprodução)

Seja para um destino próximo ou distante, Flórida ou Marrocos, viajamos pelas mesmas razões: queremos nos conectar com os outros, descobrir lugares novos e ver coisas que nunca vimos antes. Isso não vai mudar depois da pandemia, mas outras coisas, sim. E muito.

Exames, passaportes de saúde, robôs de limpeza, barreiras de acrílico – é bem provável que tudo isso faça parte da experiência, mas as viagens vão mudar de uma forma mais profunda. Muita gente anda pensando na ironia de viajarmos para ver e viver coisas novas e, no entanto, acabamos vendo exatamente os mesmos lugares a que todo mundo vai e tirando exatamente as mesmas selfies – em Veneza, Machu Picchu, no vapor dos spas da Islândia.

Quando pergunto às pessoas sobre seus planos e sonhos de viagem, elas raramente mencionam locais famosos como esses; na verdade, estão mais interessadas em experiências significativas, ver os amigos ou a família.

De repente o setor do turismo fechou, e a coisa toda desandou rapidinho: em onze de março, Tom Hanks e Rita Wilson anunciaram que estavam com Covid. No mesmo dia, a NBA suspendeu a temporada, depois que o exame de um dos jogadores do Utah Jazz deu positivo.

No dia seguinte, como contam muitos agentes de viagem, a enxurrada de cancelamentos começou. De repente, os americanos estavam apavorados. Voos foram cancelados, vários navios se viram navegando a esmo, sem que qualquer país se mostrasse disposto a acolhê-los. As nações instituíram quarentenas e restrições de viagem que mudavam de uma hora para outra, gerando caos. Quem ficou preso no exterior, sem poder voltar para casa, se sentiu abandonado pelo próprio governo.

Essa sensação de ser largado e ter de entender sozinho o que se passava, como em todo lugar, permeou os setores de viagem e turismo. As companhias aéreas disseram que os passageiros tinham de usar máscara, mas se esses ignoravam a ordem, quem tinha de se resolver a questão era a tripulação.

“O grande problema é que não temos uma resposta coordenada do governo federal”, explicou Sara Nelson, presidente do sindicato da Associação de Comissários de Bordo, em meados do ano.

O setor de viagens inteiro foi arrasado pela pandemia. Quase 40% dos empregos, ou 3,5 milhões de postos de trabalho, desapareceram entre março e novembro. Com seis meses de pandemia, a Associação Americana de Hotéis e Acomodações descobriu que a maioria dos estabelecimentos do país estava lutando para se manter aberta e não podia recontratar todos os funcionários dispensados por causa da queda história na demanda de viagens.

Além da subsistência, a indústria perdeu algo menos tangível, mas ainda assim fundamental: a possibilidade do aperto de mão, do abraço, de ver sorrisos. Os funcionários do setor de hospitalidade talvez sejam as pessoas mais simpáticas do mercado, e não poder compartilhar essa qualidade tem sido motivo de mais desolação para muita gente.

Ao se preparar para dar a volta por cima, o setor oferece ao público a oportunidade de viajar de forma diferente. Por isso, pode contar com a prorrogação das tendências que já vimos no ano passado, como as viagens de carro e de avião dentro do país, com voos diretos, para evitar conexões, segundo Misty Belles, diretora mundial de relações públicas da rede de viagens de luxo Virtuoso. E pode esperar que os TikToks #vanlife vão continuar.

“Haverá menos voos e menos circulação; a tendência será de explorar uma única área em vez de várias, e o acesso será feito de carro ou bicicleta em vez dos meios tradicionais”, descreve Belles.

Os especialistas também contam que as empresas vão mudar a forma de tratar o viajante, com a popularização de procedimentos mais flexíveis de reserva e taxas menores de alteração de data e cancelamento. As pessoas estão mais acostumadas à incerteza. A pandemia nos ensinou que qualquer cosia pode acontecer; não queremos nos ver presos.

“As empresas do setor de hospitalidade também têm a chance de tratar melhor os funcionários – e o viajante pode contribuir com isso optando por colocar seu dinheiro nas empresas que derem prioridade para o bem-estar e treinamento dos empregados”, contou D. Taylor, presidente internacional do Unite Here, o sindicato dos trabalhadores de hotéis e restaurantes.

E também podem cumprir as promessas que fizeram na série de declarações feitas em meados de 2020, apoiando a diversidade e a igualdade racial. O viajante a lazer negro gastou US$ 109,4 bilhões em viagens em 2019, mas muitos dizem que ele ainda não é tratado tão bem ou tão valorizado quando o branco.

Talvez a maior lição seja partir o mais rápido possível em vez de esperar vinte anos para fazer uma viagem longa. Por que esperar até amanhã se amanhã pode surgir uma pandemia?

“Todos aqueles que sempre ficaram só vendo os outros viajando, prometendo que vão no ano que vem, certamente estarão ansiosos para partir assim que voltar a ser seguro. O pessoal parece que entendeu que nada é garantido. Se quer conhecer um lugar, vá e pronto”, aconselha Dianelle Rivers-Mitchell, fundadora do Black Girls Travel Too, uma agência de excursões voltada para a mulher negra.

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