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| Conheça as verdades do planeta Marte

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Cena do longa “Perdido em Marte”, em cartaz nos cinemas de Porto Alegre. Crédito: Reprodução

Raras vezes a Nasa (agência espacial americana) se mostrou tão empolgada com um filme quanto com “Perdido em Marte”, em cartaz nos cinemas de Porto Alegre. E não é (só) por alavancar o interesse público pelo programa espacial. Há um aspecto de realismo envolvido no longa.

É quase como um “Apollo 13” do futuro, baseado não em fatos reais, mas em fatos que podem ser – e, no que depender dos desejos da agência, serão – reais. A principal virtude do filme foi não estragar toda a pesquisa feita pelo escritor Andy Weir (digno representante da geração “geek”, com formação em ciências da computação) no livro que inspirou o longa-metragem.

O diretor Ridley Scott procurou seguir quase à risca o enredo do livro – fazendo, no geral, apenas mudanças cosméticas. Invariavelmente, essas mudanças cosméticas produziram erros científicos. Mas nada imperdoável.

Dois exemplos saltam aos olhos. O primeiro: no livro, o astronauta Mark Watney, após ficar sozinho em Marte, vai até o local de pouso da sonda Pathfinder e a resgata para restabelecer contato com a Terra.

No filme, ele faz a mesma coisa, mas precisa se esforçar mais e desenterrar a sonda, supostamente coberta por um monte de areia após décadas no planeta vermelho. Isso não aconteceria em Marte na vida real. E, ainda que acontecesse, Watney jamais teria como achá-la sob o solo.

Outro exemplo envolve o clímax do filme, em uma caminhada espacial que o diretor sentiu que precisava embelezar para tornar palatável ao sabor Hollywood. O preço foi a verossimilhança.

Importante notar, contudo, que isso não afeta em nada a qualidade do filme enquanto ficção, assim como o livro também tem sua dose de imaginação – concentrada principalmente no evento que dá início à trama.
É verdade que tempestades de areia são comuns em Marte e por vezes recobrem o planeta inteiro.

Por outro lado, a velocidade dos ventos e a densidade atmosférica daquele mundo são modestas demais para produzir algo capaz de detonar equipamentos, ferir astronautas e ameaçar o módulo de retorno. Ou seja, fosse “Perdido em Marte” de fato baseado em uma missão real, não haveria filme, pois Watney jamais seria abandonado sozinho no planeta vermelho.

Ainda assim, algumas coisas no filme de Ridley Scott são tão fiéis à realidade que permitem lampejos de como funcionam as engrenagens internas Nasa. “No geral, o modo como a Nasa é vista trabalhando – algumas vezes contra ela mesma – é bem acurado”, diz Keith Cowing, ex-funcionário da agência e analista do site NasaWatch.com.

Além disso, o enredo é muito engenhoso e detalhista em coisas que parecem ficção, mas não são. Um exemplo clássico é a plantação de batatas.

Análises do solo marciano já mostraram que ele tem os minerais certos. Faltam apenas bactérias capazes de fixar nitrogênio nele – algo que Watney encontra com facilidade graças à fisiologia humana.

Casos como esse, em que a engenhosidade resolve o problema, motivaram a Nasa a abraçar o filme inclusive internamente – promovendo sessões para os funcionários e encorajando a leitura do livro original.

É bem o espírito de improviso que, em 1970, salvou a tripulação da Apollo-13, na vida real, só que transposto para o século 21.

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