Mundo A Coreia do Norte já estaria se preparando para lançar mísseis intercontinentais, capazes de atingir os Estados Unidos
Por Redação O Sul | 14 de outubro de 2017
A Coreia do Norte já estaria se preparando para lançar um míssil balístico intercontinental, em antecipação a um exercício naval que deve ser realizado nesta semana pela vizinha Coreia do Sul, em conjunto com os Estados Unidos e o Japão. A hipótese foi noticiada nesse fim-de-semana pelo jornal “Dong-A Ilbo”, de Seul.
Segundo a publicação, imagens de satélite mostram mísseis balísticos sendo montados em lançadores e transportados para hangares perto da capital norte-coreana Pyongyang e em uma província no Norte do país socialista. “Oficiais de ambos os países aliados temem que o regime do ditador Kim Jong-un esteja se preparando para lançar mísseis que poderiam atingir o território norte-americano”, destacou o periódico.
Especialistas cogitam que o artefato poderia ser o míssil balístico intercontinental Hwasong-14, cujo alcance chegaria até o Alasca, ou então os mísseis Hwasong-12, de alcance intermediário, que poderiam atingir o território norte-americano de Guam, no oceano Pacífico (uma ameaça já feita pela Coreia do Norte, em agosto). Outra possibilidade é o lançamento do Hwasong-13, um novo artefato com suposto poder de chegar à Costa Oeste dos Estados Unidos.
Um porta-voz do ministério da Defesa da Coreia do Sul não quis comentar a respeito, limitando-se a dizer que os norte-coreanos “estão sendo observados de perto”. Os exercícios conjuntos com o Pentágono serão comandados pelo porta-aviões USS Ronald Reagan após a grande movimentação militar norte-americana dos últimos dias na região.
Ações e reações
No mês passado, a Coreia do Norte conduziu o seu sexto teste nuclear, desafiando as sanções impostas pela comunidade internacional. Como parte da reação à política armamentista de Pyongyang, considerada agressiva, no início da semana passada os Estados Unidos enviaram dois bombardeiros supersônicos à área, realizando os primeiros exercícios militares norturnos em conjuto com Japão e Coreia do Sul.
O professor Yang Moo-Jin, da Universidade de Estudos Norte-coreanos, disse achar “altamente provável” que o governo norte-coreano lance mísseis em resposta aos exercícios militares americanos e sul-coreanos que ocorrerão na próxima semana. Já o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, declarou que uma intervenção militar na Coreia do Norte pode ter “consequencias desvastadoras”, caso falhem os esforços diplomáticos.
Trump
No dia 7, o polêmico presidente norte-americano Donald Trump voltou a ameaçar a Coreia do Norte. Em uma mensagem postada em sua página no Twitter, ele escreveu que “apenas uma coisa” funciona para lidar com o regime de Kim Jong-un, sem dar detalhes. Ele disse, ainda, que os longos períodos de diálogo com Pyongyang não renderam frutos.
“Presidentes e suas administrações conversaram com a Coreia do Norte por 25 anos. Acordos feitos e montanhas de dinheiro pagas não funcionaram e os acordos foram violados antes que a tinta secasse, fazendo os negociadores norte-americanos de tolos. Desculpe, mas apenas uma coisa vai funcionar”, escreveu o líder republicano.
