Quinta-feira, 03 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2022
O crédito imobiliário com recursos da poupança movimentou R$ 14,8 bilhões em março, com queda de 19,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e avanço de 25,3% frente ao mês imediatamente anterior, segundo a Abecip, associação das instituições que oferecem essa modalidade de crédito.
No acumulado de 12 meses (abril de 2021 a março de 2022), os empréstimos para aquisição e construção de imóveis somaram R$ 203,40 bilhões, alta de 38,4% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores.
Foram financiados 63,6 mil imóveis em março, o que representa queda de 23% na comparação anual e alta de 22,5% na comparação mensal. Esse foi o segundo maior número de imóveis financiados em um mês de março na série histórica.
A Caixa se manteve na liderança do setor, com R$ 7,972 bilhões financiados nas modalidades construção e aquisição em março. O Itaú Unibanco apareceu em segundo lugar, com R$ 3,218 bilhões, e o Bradesco ficou em terceiro lugar, com R$ 1,736 bilhão.
FGTS
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço autorizou o uso do saldo do FGTS para pagar até 12 parcelas em atraso de financiamento imobiliário contratado no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Pela regra atual, o trabalhador não pode ter mais do que 3 prestações em atraso para utilizar os recursos do FGTS para amortização do saldo devedor.
De acordo com a resolução, o novo limite será de até 12 prestações em atraso, “que poderão integrar o valor a ser abatido”.
A medida é temporária. Entrará em vigor no dia 2 de maio e terá validade até 31 de dezembro.
Segundo a resolução, a medida visa “permitir um melhor atendimento aos trabalhadores” no uso do saldo da conta vinculada do FGTS.
Pelas regras do FGTS, o uso de saldo para liquidação ou amortização extraordinária de saldo devedor de financiamento habitacional pode ser feita observado um intervalo mínimo de 2 anos entre cada movimentação.
Juros
Em março, a Caixa Federal reduziu em 0,15 ponto percentual a taxa de juros do crédito imobiliário na modalidade poupança. Com a redução, as novas taxas partem da Taxa Referencial (TR) + 2,80% ao ano, somadas à remuneração da poupança.
O banco também lançou linha de crédito para reforma e adaptação de imóveis próprios destinados a Pessoas com Deficiência (PcD), no âmbito do programa Casa Verde e Amarela.
O crédito será disponibilizado para quem tem renda bruta mensal de até R$ 3 mil e o limite de crédito será de até R$ 50 mil, limitado a 80% do orçamento da obra apresentado. O prazo para o pagamento do financiamento será de 240 meses.