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Brasil Cresce o número de escolas públicas sem banheiro e internet banda larga no País

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Dados são do Censo Escolar 2020, coletados em março do ano passado

Foto: Divulgação
A Juíza Cristina Marquesan determinou que as partes autoras do processo, Associação Mães e Pais pela Democracia e o CPERS/Sindicato, se manifestem no prazo de cinco dias. (Foto: Divulgação)

O número de escolas públicas que não têm banheiro e internet de banda larga cresceu entre 2019 e 2020, de acordo com o Censo Escolar da Educação Básica, do MEC (Ministério da Educação).

Os dados foram coletados em março do ano passado. Eles indicam que as escolas já estavam com déficit de estruturas essenciais para a reabertura durante a pandemia e, caso não tenham sido feitas mudanças, podem ser um entrave para estudantes e professores retomarem as salas de aula.

Em 2019, 3,5 mil escolas públicas não tinham banheiros, o que representava 2,4% do total. Em 2020, aumentou para 4,3 mil, 3,2% do total. A internet banda larga não chegava a 15 mil escolas urbanas em 2019 (18,1%), e cresceu para 17,2 mil (20,5%) em 2020. Além disso, 35,8 mil escolas seguem sem coleta de esgoto, 26,6% do total. Antes, eram 36,6 mil (27,1%).

A análise dos dados do Censo Escolar foi feita pelo LDE (Laboratório de Dados Educacionais) da Universidade Federal do Paraná. Os números apontam uma leve melhora no índice de escolas públicas do Brasil sem coleta de esgoto, água potável, abastecimento de água ou fornecimento de energia elétrica. Mas ainda há instituições sem o mínimo para seus alunos.

“Quando a gente fala em banheiros, água, energia, ainda que os percentuais em relação à inexistência sejam baixos, a gente está falando de condições básicas. É garantia de banheiro, água e luz. Não ter é não garantir o mínimo para estudantes. A gente ainda precisa avançar”, afirma a doutora em educação Gabriela Schneider, uma das coordenadoras do Laboratório de Dados Educacionais.

Para Schneider, além de ter ou não ter alguns dos itens, há uma histórica falta de manutenção nos espaços escolares. Como, por exemplo, se os banheiros que existem estão em condições adequadas de uso, e se a internet tem velocidade suficiente para atender ao volume das demandas escolares. Este detalhamento de informação não é captado pelo Censo.

“O debate sobre a qualidade das escolas públicas já vinha acontecendo, mas a pandemia vem explicitando ainda mais as falhas e colocando foco sobre o que falta”, afirma Schneider.

Um exemplo é o conceito de CAQ (Custo Aluno-Qualidade), que pretende definir quais os requisitos mínimos que uma escola deve ter. Em 2020, o CAQ entrou na redação no Novo Fundeb, o fundo que garante o financiamento para a educação básica. Agora, é preciso regulamentar o texto.

País continental

Para Vitor de Angelo, presidente do Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Educação), a diversidade do Brasil pode ser um fator para ainda haver escolas públicas sem recursos mínimos, mas ele admite que este déficit deve ser superado.

“O Brasil é um País continental, nós temos uma série de dificuldades porque temos escolas em todos os lugares: mais secos, úmidos, alagados. Essa diversidade torna muito difícil uma resposta única”, diz Angelo.

“Mas isso não explica o problema, porque uma boa radiografia sobre as condições de cada escola, suas especificidades e as regiões onde se localizam, deveriam levar a que gestores do nível federal, estadual e municipal pudessem enfrentar à altura estes desafios e problemas que estão postos”, afirma Angelo.

“O problema de conectividade nas escolas ficou mais claro com a pandemia, mas era um processo que a gente já vinha, de forma gradual, pensando. Agora ele passou a ser escancarado, e a necessidade ficou premente de que nós tomemos alguma providência neste sentido”, afirma Marcelo Ferreira da Costa, vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.

tags: Brasil

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