Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
19°
Light Rain with Thunder

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Das dez maiores audiências de lives de 2020, sete foram de artistas brasileiros

Compartilhe esta notícia:

Sandy & Junior ficaram em quinto no ranking de lives, com mais acessos do que inscritos no canal. (Foto: Reprodução/YouTube)

Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite, sabemos. Mas, em tempos de quarentena, a máxima depende muito da grade de lives do dia. No último sábado (16), por exemplo, houve shows caseiros da cantora Lexa, do grupo de pagode Pixote, das duplas sertanejas Zé Neto & Cristiano e Bruno & Marrone, do DJ e produtor Rennan da Penha e da turma da produtora Furacão 2000. O som varia, mas o endereço é o mesmo: a sala de casa, com olhos e ouvidos na tela e na live da vez.

Tem sido assim desde março, com o isolamento para frear a pandemia. Mas o que começou em versão voz, violão e redes sociais, com festivais como o #tamojunto, do jornal O Globo, ganhou ares de superprodução com artistas populares no YouTube. Eles trouxeram recordes de audiência e, de quebra, revelaram uma preferência nacional: das dez maiores lives da história do YouTube, todas realizadas desde abril deste ano, sete são brasileiras.

Sertanejos lideram

O ranking é liderado por sertanejos: Marília Mendonça, que amealhou 3,3 milhões de acessos em 8 de abril, é seguida de Jorge & Mateus, com 3,2 milhões quatro dias antes. Somente a transmissão de Andrea Bocelli de Páscoa (3º lugar) e duas “lives” com shows antigos do fenômeno do k-pop BTS (7º e 10º) destoam na supremacia brasileira.

Mas se todos os grandes mercados do YouTube também estão enfrentando isolamento, por que dominamos de forma avassaladora o interesse pelas lives?

“Não temos uma resposta, mas cremos em algumas hipóteses”, diz Sandra Jimenez, diretora de parcerias de música do YouTube para a América Latina. “A primeira é a popularidade e capacidade de mobilização que esses artistas têm no Brasil. Outro ponto é o formato intimista e espontâneo, que aproxima audiência e artistas. Eles erram, brincam com o público, e isso é comentado em tempo real nas redes. Além disso, as lives ocorrem após o horário comercial ou no fim de semana, o que impulsiona recordes. As lives musicais no YouTube são o novo prime time dos brasileiros.”

Pioneirismo nacional

Grandes artistas de outros países também se movimentam para animar os fãs durante a quarentena. Um exemplo é o cantor e rapper americano Post Malone, atualmente o oitavo artista mais escutado do mundo no Spotify. Ele fez uma live no YouTube no último dia 24. Em sua casa, cantou músicas próprias e clássicos do Nirvana, acompanhado por músicos como o baterista Travis Barker, do Blink-182.

Só que o pico de audiência de Malone foi de 180 mil acessos — algo como 5% do que teve Marília Mendonça. Ao mesmo tempo, Ludmilla comemorava aniversário lançando o EP de pagode “Numanice” também com show no YouTube, superando 500 mil visualizações.

O DJ popstar americano Diplo não chegou a ter mais de 31 mil espectadores em sua maior live, mas o carioca Pedro Sampaio, desconhecido até o ano passado, passou de um milhão no ultimo dia 27.

“Brasileiro ouve música brasileira”

É visível, pela quantidade semanal de lives anunciadas, que a indústria musical brasileira rapidamente enxergou nas transmissões com produção caprichada uma forma de compensar a falta de shows. Afinal, em termos de consumo de artistas locais, o Brasil também é campeão.

“No mundo digital, o Brasil é um continente. É top 3 de consumo em todos os principais serviços digitais do mundo”, explica Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil, gravadora de Post Malone e Sandy & Junior (5º no ranking, com mais de 2,5 milhões de acessos). “Alguns fatores explicam o fenômeno das lives: o consumo de música local no País é um dos maiores do planeta, 70% do mercado. Brasileiro ouve música brasileira. E a taxa de engajamento aqui é enorme.”

Um levantamento feito para o jornal O Globo pela agência Snack, especializada em publicidade nas redes, prova isso. O estudo mostra os 20 países que mais produziram lives (não apenas musicais) no YouTube em abril. O Brasil (4º) teve 82,9 mil transmissões; os EUA, 1º, 169 mil — e ambos empatam na média de espectadores: 31 mil.

As dez maiores lives 

1. Marília Mendonça (8 de abril/3,31 milhões de acessos simultâneos)

2. Jorge & Mateus (4 de abril/3,24 milhões)

3. Andrea Bocelli (12 de abril/2,86 milhões)

4. Gusttavo Lima (11 de abril/2,77 milhões)

5. Sandy & Junior(21 de abril/2,55 milhões)

6. Leonardo e Eduardo Costa (1º de maio/2,52 milhões)

7. BTS (18 de abril/2,31 milhões)

8. Marília Mendonça (9 de maio/2,21 milhões)

9. Henrique e Juliano (19 de abril/2,06 milhões)

10. BTS (19 de abril/1,92 milhões).

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

O Ministério Público Federal acionou a Justiça para que o Exército retome as normas que tratam sobre controle de armas e munições revogadas no mês passado por ordem de Bolsonaro
Hackers invadiram o Globoplay, o aplicativo pediu desculpa aos seus usuários e fez esclarecimentos
https://www.osul.com.br/das-dez-maiores-audiencias-de-lives-de-2020-sete-foram-de-artistas-brasileiros/ Das dez maiores audiências de lives de 2020, sete foram de artistas brasileiros 2020-05-17
Deixe seu comentário
Pode te interessar