Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
22°
Light Rain

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia De olho no 5G, empresas chinesas planejam fazer smartphones no Brasil

Compartilhe esta notícia:

Quarta maior empresa do país asiático, a Xiaomi lançou a linha Redmi Note 10 Pro no Brasil, a partir de R$ 3,2 mil. (Foto: Divulgação)

Gigantes chinesas da área de tecnologia decidiram colocar o Brasil no centro de suas estratégias globais de crescimento. A Realme, sexta maior fabricante de smartphone da China, acaba de chegar aqui e já tem planos de iniciar a produção local de celulares de olho no 5G, tecnologia que vai conferir maior velocidade de conexão móvel.

Planos semelhantes tem a Xiaomi, quarta maior empresa do país asiático, que lançou novos aparelhos na última terça-feira. A chegada das duas companhias tende a gerar uma nova disputa de preços no setor.

As apostas acontecem em um momento em que multinacionais de setores tradicionais, como a Ford e a fabricante de cimento LafargeHolcim, decidem deixar o Brasil. Há também o quadro de pressão contra a presença de outra chinesa, a Huawei, nas redes de 5G em vários países, devido à pressão dos Estados Unidos, que alegam preocupações de segurança.

Mas o interesse das empresas chinesas no Brasil não se restringe ao mercado de smartphones. De olho na maior demanda gerada pelo home office, a Rapoo, maior fabricante de teclados e mouses daquele país, chega ao Brasil em parceria com a Multilaser.

Em um segmento dominado por Samsung e Apple, a Realme traz três modelos para o Brasil, sendo que um deles já é habilitado para o 5G, o Realme 7 5G. Os outros dois são 4G, o 7 e o 7 Pro. Os preços começam em R$ 2,2 mil, e os celulares têm quatro câmeras na parte traseira e memória interna de 128 GB.

Segundo Marcelo Sato, gerente de vendas da Realme, a estratégia é que o Brasil seja uma espécie de hub de negócios para a América Latina. Por isso, os planos incluem a produção local.

“Já estamos falando com parceiros no Brasil. Queremos ser, em cinco anos, a terceira maior marca de celular do Brasil. Estamos fazendo parcerias com os sites de varejo para ampliar o canal de vendas. Queremos disseminar o 5G no Brasil. Em 2022 ou 2023, vamos ter apenas celulares 5G no Brasil”, explica Sato.

Os aparelhos da Realme, fundada na China em 2018 e hoje presente em 61 países, usam o sistema operacional Android, da gigante americana Google.

Além de celulares, nos próximos meses a Realme vai lançar diversos aparelhos conectados, como novas opções de relógios, fones e itens para casa. No mundo, seu catálogo chega a mais de 100 itens.

Outra que almeja a terceira posição no mercado brasileiro de smartphones é a Xiaomi, que voltou ao país em 2019. A empresa está hoje na quarta colocação, atrás de Samsung, Apple e Motorola.

Para isso, a Xiamoi investe na ampliação do portfólio de celulares, com quase 40 aparelhos até dezembro, como a linha Redmi Note 10, cujos preços começam em R$ 2,8 mil.

A empresa aposta ainda em outros produtos, de patinetes elétricos a caixas de som.

Segundo Luciano Barbosa, gerente do projeto Xiaomi Brasil, o ritmo de lançamentos no país vai depender da produção de chips no mundo – que atualmente enfrenta uma onda de escassez, pela combinação de restrições nas fábricas devido à pandemia e aumento da demanda decorrente do salto no home office.

Barbosa disse ainda que há planos para abrir uma loja física no Rio de Janeiro – hoje há duas em São Paulo. A empresa, assim como a Realme, também tem parceria com o Google, o que permite o acesso ao Android e as lojas de aplicativos.

Segundo o especialista em tecnologia Roberto Kravi, sócio da Kravi Consultoria, o movimento das empresas chinesas para a produção local ocorre por conta do forte crescimento do mercado de smartphones no Brasil.

No primeiro trimestre, o faturamento subiu 34%, diz a GFK. A estratégia das empresas é se associar a companhias brasileiras que já contam com rede de distribuição no varejo e unidades fabris no país.

“Apesar da crise, alguns setores estão dinâmicos, atraindo investimento. Tivemos, sim, movimentos de empresas saindo do país, mas há um componente de gestão. No segmento de smartphones, o investimento local é importante para estar mais perto do consumidor e reduzir os custos logísticos depois que você atinge um determinado patamar de demanda”, explica Kravi.

Esse potencial atraiu o interesse da Rapoo, que se associou à Multilaser para lançar, de uma tacada, 20 produtos. Danilo Angi, diretor de Produtos da empresa, destaca que a expectativa é que o segmento de acessórios registre alta de 30% nas vendas no país este ano.

Em 2020, ressalta Angi, o crescimento foi de 70%. A companhia pretende chegar ao fim do ano com 40 itens à venda, com produtos para o público gamer, por exemplo. A marca é conhecida no exterior por vender produtos como mouses e teclados sem fio, além de fones de ouvidos e câmeras para desktops. As informações são do jornal O Globo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Vendas de carros usados crescem 40,7% no acumulado do ano
Banco do Brasil lança linha de crédito para impulsionar o uso de energia solar
https://www.osul.com.br/de-olho-no-5g-empresas-chinesas-planejam-fazer-smartphones-no-brasil/ De olho no 5G, empresas chinesas planejam fazer smartphones no Brasil 2021-05-11
Deixe seu comentário
Pode te interessar