Por Redação O Sul | 23 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A presidente Dilma Rousseff não seguiu o conselho de alguns assessores que queriam transformar a ONU em palanque para denunciar um golpe de Estado. Levou mais em conta manifestações de ministros do Supremo Tribunal Federal de que o processo de impeachment tem legitimidade. Dilma resumiu-se à declaração enigmática de que “o povo brasileiro saberá impedir qualquer retrocesso”. Salvo juízo diferente, a decisão será do Senado ou do Tribunal Superior Eleitoral. Desconhece-se outra forma dentro da Constituição.
NA ZONA DE EMERGÊNCIA
Com a queda na produção e na arrecadação de impostos, técnicos do Ministério da Fazenda emitem sinais de que há necessidade de alívio orçamentário. Não usam a expressão corte de despesas que é, como sempre, rejeitada pelos políticos. Para esses, o caixa, abastecido com dinheiro suado da população, é infinito.
PODE HAVER ENGANO
Hoje é o Dia Nacional do Choro. Torna-se necessário alertar os estrangeiros que chegam ao Brasil: não há nenhuma relação com as crises política, da produção e do desemprego. Assinala o nascimento de Pixinguinha a 23 de abril de 1897. Foi o responsável pela consolidação do choro como gênero musical.
PARA NÃO SER EM VÃO
Sempre há lições para serem extraídas de crises. Uma delas: é preciso desenvolver práticas capazes de combater e coibir a corrupção entre governo e empresas privadas. Vários países já enfrentaram situações semelhantes e mostraram a necessidade de maior rigor para controlar essas relações.
FECHANDO BARREIRAS
As Polícias têm fechado o cerco para coibir o contrabando de cigarros do Paraguai, fabricados com fumo mofado, provocando danos maiores à saúde. Além disso, deixam de recolher impostos que acabam pagando parte do tratamento das vítimas em hospitais públicos. Muitos ainda se deixam iludir pela memória da propaganda de mulheres sensuais envoltas em baforadas glamourosas. Desprezam as recomendações médicas de que é um agente tóxico letal.
DOIS LADOS
“O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas.” Ensinamento de Bertrand Russell.
RÁPIDAS
* Os políticos continuam olhando para as nuvens. A cada momento elas apresentam um novo formato, como dizia Tancredo Neves.
* A Câmara, que apressou o desfecho do impedimento da presidente Dilma, não pode postergar o processo contra Eduardo Cunha. Será vergonhoso.
* A soberania é uma forma de expressão da dignidade nacional.
* Deu no jornal: “Vice-líderes do governo dizem que vão votar contra Dilma.” Enriquecem o repertório do almanaque O Impossível Acontece.
* Outra: “Venda de remédios para emagrecer é aprovada no Senado”. Plenário de médicos, pelo que se vê…
* A filosofia do para-choque de caminhão anda atualizada: prendam a ocasião antes que faça mais um ladrão.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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