Quarta-feira, 25 de junho de 2025
Por Bruno Laux | 25 de junho de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Plano em revisão
Diante do frio intenso que vem atingindo o RS nos últimos dias, a Defensoria Pública do Estado recomendou à Prefeitura de Porto Alegre a revisão do plano “Operação Inverno 2025”. Em reunião realizada na última semana, o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (NUDDH) e a Defensoria Pública da União entregaram uma minuta com sugestões como a ampliação de vagas de acolhimento, a articulação formal com a Defesa Civil e o reforço nas abordagens sociais diante de alertas meteorológicos. Também foi pedida a abstenção de práticas coercitivas, como internações forçadas ou recolhimento de pertences, como cobertores, agasalhos e outros objetos. Na minuta, A DPE solicita ainda informações sobre as quatro mortes registradas de pessoas em situação de rua na capital gaúcha.
Proteção contra cheias
O colégio de líderes da Assembleia gaúcha aprovou nesta terça-feira, por unanimidade, um convite para que representantes do governo estadual participem de reunião do colegiado para tratar das obras dos sistemas de proteção contra as cheias no RS. Apresentado pelo deputado Miguel Rossetto, líder da bancada do PT/PCdoB, o encontro busca possibilitar uma avaliação sobre a situação do Estado, a partir de um balanço “do que foi feito e o que não foi feito”, de modo a construir uma agenda de trabalho sobre os investimentos necessários para a proteção dos gaúchos. Rossetto pontua que R$6,5 bilhões já estão liberados pelo governo Federal para a recuperação dos sistemas de proteção contra as cheias da Região Metropolitana, enquanto outros R$14 bilhões, garantidos pela suspensão do pagamento da dívida do Estado, estão disponíveis para manutenção do sistema existente e obras de reconstrução. “É preciso criar um sentido de urgência e iniciar as obras necessárias aproveitando os recursos disponíveis”, destaca o deputado.
Escolas improvisadas
Durante a apresentação do relatório de visitas às escolas atingidas pelas enchentes em 2023 e 2024, no Vale do Taquari, nesta terça-feira, a deputada Sofia Cavedon (PT) denunciou que, mais de um ano após a catástrofe climática, instituições da região ainda contam com salas de aula improvisadas. Citando exemplos de Lajeado, Muçum, Encantado, Estrela e Roca Sales, a parlamentar relatou que os estudantes contam com espaços sem condições devidas de segurança e sem estrutura para o preparo de alimentação, além de problemas de deslocamento. Sofia atribui as demandas à “falta de atenção de gestão, definição política e de espaço físico”, destacando que não faltam recursos, mas sim a “devida priorização”. O documento apresentado será encaminhado às secretarias estaduais de Educação e de Obras Públicas.
Demanda empresarial
No papel de presidente do Parlamento gaúcho, o deputado Pepe Vargas (PT) recebeu nesta terça-feira o presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari, Ângelo Fontana. O líder regional abordou as dificuldades enfrentadas por empresas da região para cumprir o requisito do Programa Emergencial RS que exige a manutenção do número de funcionários anterior ao período das enchentes de 2024. O critério é imposto aos empresários que contrataram financiamentos com taxas de juros que variam de 0,8% a 1% ao ano, por meio do BNDES. A retirada da exigência, requerida pelos empresários, depende de decisão do Congresso Nacional. Em resposta à demanda, Pepe se comprometeu a levar a situação a Brasília em busca de soluções.
Convocação requerida
O deputado Valdeci Oliveira (PT) protocolou nesta terça-feira na Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa um requerimento para convocar o secretário estadual da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi. A medida, que torna a presença obrigatória se aprovada, foi motivada por ausências do secretário em reuniões e audiências públicas sobre a RSC-287, na Região Central do Estado. Valdeci critica a falta de respostas sobre a ponte do Arroio Grande, levada pelas águas há mais de um ano, e cobra um cronograma concreto para a recuperação da rodovia. “Se não houver vontade e determinação política, nada acontece. E é isso que está havendo, falta coordenação política efetiva”, destaca Valdeci.
@obrunolaux
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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