Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de março de 2021
O Reino Unido deve se preparar para um “inverno difícil” porque a imunidade da população a outros vírus respiratórios além da covid-19 pode ser menor do que o normal, alertou uma de suas médicas mais importantes.
A médica Susan Hopkins, responsável pela estratégia contra a covid do governo inglês, disse que o NHS (sistema de saúde público britânico) deve estar “preparado” para surtos de gripe e outras doenças semelhantes.
Seu alerta vem um dia antes do primeiro passo da Inglaterra a caminho de uma reabertura após meses de lockdown (confinamento), com todos os alunos voltando às aulas nesta segunda-feira (8). A maioria dos alunos está em casa desde o Natal.
Com mais de 120 mil mortes causadas pela covid-19, o Reino Unido foi um dos mais afetados pelo coronavírus no mundo. Depois de um período de confinamento que começou em março do ano passado, os casos arrefeceram no verão do hemisfério norte (no meio do ano), mas voltaram a crescer, com uma enorme segunda onda no inverno britânico (no fim do ano) e um pico em janeiro de 2021.
Mas o Reino Unido aprovou vacinas em dezembro, e tem vacinado centenas de milhares de pessoas todos os dias. Em fevereiro, o governo terminou de oferecer vacinas aos quatro grupos de prioridade. O plano é vacinar quase metade da população até a metade de abril e terminar de reabrir quase completamente no fim de junho.
Mas Hopkins disse que o Reino Unido precisa estar “mais bem preparado” do que no outono passado, quando surgiram novas variantes de disseminação mais rápida do coronavírus.
Isso elevou as taxas de infecção e forçou novas medidas de bloqueio durante o inverno europeu.
Hopkins disse ao The Andrew Marr Show, programa da BBC: “Acho que temos que nos preparar para um inverno difícil, não apenas com o coronavírus. Tivemos um ano quase sem nenhum vírus respiratório de qualquer outro tipo. E isso significa, potencialmente, que a imunidade da população a isso é menor.”
“Portanto, poderemos ver picos de gripe. Poderemos ver picos em outros vírus respiratórios e outros patógenos respiratórios.”