Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de julho de 2015
A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) protocolou nessa segunda-feira na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras um pedido de acareação entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o lobista Julio Camargo, delator da Operação Lava-Jato que afirmou ter pago 5 milhões de dólares de propina ao peemedebista. Cunha já havia dado depoimento à CPI da Petrobras em março, no qual negou envolvimento com os fatos e ressaltou que Camargo, em sua delação premiada, não havia denunciado nenhum político com foro privilegiado.
Como a Câmara está em recesso branco, o pedido de acareação só deve ser voltado no retorno dos trabalhos, em agosto. Para ocorrer, porém, primeiro é necessário que a CPI tome o depoimento de Julio Camargo. A sua convocação já foi aprovada, mas ainda não há data para que ele seja ouvido. O primeiro a citar o envolvimento de Cunha foi o doleiro Alberto Youssef, também delator, que disse ter recebido relato de Camargo sobre pressão do peemedebista para o pagamento de propina.
Achacado
Camargo, inicialmente, não citou Cunha em sua delação. Porém, após ser chamado pela Procuradoria-Geral da República e correr o risco de ter seu acordo anulado por omitir informações, confirmou a versão dada por Youssef de ter sido achacado pelo presidente da Câmara. (Aguirre Talento/Folhapress)