Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2020
O deputado argentino Juan Ameri, da coalizão governista Frente de Todos, renunciou ao cargoapós protagonizar uma cena íntima com a mulher durante uma sessão virtual da Câmara.
Durante a videoconferência, a mulher senta no colo do parlamentar e os dois começam a trocar carícias. Ele, então, abaixa a blusa dela e dá um beijo no seio da companheira. A cena, transmitida vivo, rapidamente foi compartilhada nas redes e viralizou.
A Câmara aprovou a renúncia de Ameri nesta e divulgou o resultado em um comunicado pelo Twitter. Logo após o incidente, o presidente da Casa, Sergio Massa, interrompeu a sessão, que tratava do pagamento de pensões a aposentados, e anunciou a suspensão do deputado, alegando que a situação havia “extrapolado as normas de convivência”.
Ameri — que faz parte da coalizão do presidente, Alberto Fernández, e de sua vice, Cristina Kirchner — disse estar “arrependido e muito envergonhado” e alegou que achava que, no momento da cena, estava sem conexão de internet.
“Estávamos em sessão, minha internet havia caído e minha parceira tinha acabado de sair do banheiro. Perguntei como estavam suas próteses, porque há dez dias ela colocou um implante mamário”, explicou Amerim, que completou: “Ela me disse que estavam bem e me mostrou as cicatrizes. Eu perguntei: “posso dar um beijo?”. E dei um beijo no peito dela. Só isso”.
Antes da renúncia do deputado ser aceita, a coalizão Frente de Todos divulgou uma nota sobre o incidente, dizendo que houve uma falta de respeito com o povo argentino e com o Congresso, além de pedir penalidades contra o deputado.
“Como representantes do povo, não podemos permitir uma irresponsabilidade dessa magnitude”, disse o comunicado. Sessões parlamentares virtuais se tornaram comum devido à pandemia do novo coronavírus e já flagraram outras parlamentares em situações inusitadas pelo mundo. Em junho, o irlandês Luke Ming Flanagan aparentava não estar usando calças enquanto discutia questões políticas com seus colegas do Parlamento Europeu.
Coronavírus
A província de Buenos Aires revelou na sexta-feira (25) que as mortes por covid-19 no distrito são quase 3.500 a mais do que o que havia sido notificado previamente, devido ao atraso no registro dos dados, o que eleva o total de óbitos na Argentina para mais de 18.000. “Este atraso que ocorre, principalmente em momentos de pandemia, é um problema global”, declarou em coletiva de imprensa o ministro da Saúde de Buenos Aires, Daniel Gollán, ao explicar que os novos registros surgem do cruzamento de três bases de dados.
Assim, embora o órgão de Saúde nacional informou 443 novas mortes nesta sexta-feira, para um total de 15.208 óbitos desde o início da pandemia, falta agregar a este balanço 3.459 falecimentos que ainda não foram contabilizados no Sistema Nacional de Saúde. Com este novo número, o balanço total de falecimentos na Argentina é de 18.667.