Sábado, 09 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2025
Um dos deputados federais que podem ser punidos após a invasão da Mesa Diretora da Câmara, Marcel Van Hattem (Novo-RS) diz que não estava sentado na cadeira do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante o tumulto na última quarta-feira (6).
Ele diz que ocupava a cadeira do Secretário-Geral da Mesa Diretora, assessor que se posiciona durante as sessões ao lado do presidente para dar orientações regimentais a ele. Segundo o parlamentar, isso “facilmente se comprova pelas imagens”.
A principal acusação contra Van Hattem é que ele, ao lado de colegas bolsonaristas, obstruiu fisicamente a chegada de Motta ao local para abrir a sessão legislativa. Ele poderá ser suspenso ou sofrer alguma outra punição.
De acordo com o parlamentar, ele demorou alguns instantes para liberar o local porque não sabia que havia sido firmado um acordo pondo fim ao motim.
“Quando Hugo Motta chegou à Mesa, eu ainda não tinha sido avisado de que os demais membros da oposição tinham aceitado o acordo. Conversei com [o deputado Marcos] Pollon, que também não estava a par, e decidimos esperar um pouco mais”, argumentou.
Ele afirma que concordou em sair após conversar com os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Zucco (PL-RS), que estavam se encarregando de informar sobre o acordo aos demais membros da oposição.
Hugo Motta defende punição ‘pedagógica’ a deputados que ocuparam plenário da Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos‑PB), afirmou nesta sexta-feira que os parlamentares envolvidos na ocupação do plenário da Casa devem ser submetidos a uma punição com caráter “pedagógico”.
Segundo Motta, a conduta dos parlamentares oposicionistas extrapolou os limites do aceitável e representou um desrespeito ao funcionamento do Poder Legislativo.
— O que aconteceu foi algo muito grave. Não se pode permitir que um grupo de parlamentares ocupe fisicamente o plenário com o intuito de impedir o andamento dos trabalhos — disse, em entrevista.
A Mesa Diretora da Câmara se reúne, em reunião virtual nesta sexta-feira, para discutir quais medidas serão adotadas contra os envolvidos. Entre as possibilidades está a aplicação de punições previstas no regimento, como advertência, suspensão temporária e, em casos mais graves, perda de mandato.
— O objetivo não é apenas punir, mas educar. É uma punição pedagógica para que isso não se torne prática comum na Casa — afirmou Motta. Com informações dos portais Folha de São Paulo e O Globo.