Quinta-feira, 25 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Todo o ato processual impõe regras. Ao fazer sua defesa no Senado, durante 14 horas, a presidente Dilma Rousseff cumpriu com uma formalidade. Eis o resumo:
1º) as perguntas dos parlamentares já eram conhecidas;
2º) as respostas, mais conhecidas ainda;
3º) o que a presidente disse não mudará sequer um voto;
4º) foram palavras ao vento.
CONSTATAÇÃO TARDIA
A presidente Dilma terminou o pronunciamento com a frase que poderia ter usado no começo de sua segunda gestão: “Diante da crise, oposição e situação devem se unir pelo Brasil.” Seria adequado, no momento certo e de bom senso. Agora é tarde.
SEM ILUSÕES
A presidente Dilma Rousseff jogou no ataque, ao insinuar que os senadores e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, são cúmplices de um golpe. Sabe que a condenação é sem volta. Por isso, não buscou ganhar o apoio nem conquistar a simpatia.
DIFERENÇA
Para a maioria da opinião pública, golpe significa tanques nas ruas, prisões de adversários, censura à Imprensa, Congresso fechado e Justiça amordaçada. Não é o que acontece agora.
DOIS PESOS
Os três senadores do PDT votarão a favor do impeachment sem sofrer qualquer punição. Com o deputado federal Giovani Cherini, a reação do presidente nacional, Carlos Lupi, foi a expulsão. Agora, o partido quer cassar o mandato do parlamentar que entrou no PR.
O CHORO É LIVRE
O presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, têm reservado meia hora por dia na agenda para receber governadores, que choram por mais recursos. Só falta deixar disponível sobre a mesa uma caixa de lenços.
QUEM SE HABILITA?
O perfil que o governo do Estado idealiza para assumir a Secretaria da Segurança Pública é de um técnico que não fique no gabinete e que os policiais chamam de linha de frente. Outra característica deve ser a facilidade de comunicação. A ponto de ir à televisão para mandar recados aos criminosos.
DIFÍCIL
O governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, é outro que não esconde: será um quebra cabeça pagar salários dos servidores de outubro, novembro, dezembro e 13º.
NÃO PARA DE SUBIR
Em 1950, final do governo do presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, a carga tributária correspondia a 13 por cento do Produto Interno Bruto. Dez anos após, chegou a 18,8 por cento. Em 1968, saltou para 23,2 por cento. Mais 20 anos e foi a 31 por cento. Agora, está em 37,9 por cento.
Confira a qualidade dos serviços públicos prestados.
RISCO EM DOBRO
A Câmara dos Deputados realiza hoje audiência pública sobre a regulamentação do mototaxímetro. Em Porto Alegre, sozinho o motoqueiro já é um perigo. Imagine-se levando carona.
RÁPIDAS
* Entre todos os Estados, é do governo do Rio Grande do Sul a pior relação entre a receita e a dívida.
* O jornal Granma, de Cuba, publicou ontem reportagem para defender a presidente Dilma.
* A cada Festival de Cinema de Gramado é preciso lembrar Paulo Fontoura Gastal, seu grande incentivador.
* Em breve, nos comitês eleitorais, a novela Nervos Fora de Controle.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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