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Por Redação O Sul | 18 de setembro de 2020
A taxa de desemprego é a maior desde o início da Pnad Covid, divulgada pelo IBGE desde maio
Foto: DivulgaçãoO desemprego no Brasil em meio à pandemia de coronavírus voltou a crescer na quarta semana de agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com a Pnad Covid, entre a terceira e a quarta semana de agosto, aumentou em mais de 1 milhão o número de desempregados no País, chegando a cerca de 13,7 milhões o total de trabalhadores em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.
Com isso, a taxa de desemprego subiu de 13,2% para 14,3%, a maior desde o início da Pnad Covid, em maio deste ano, quando era de 10,5%.
“No início de maio, todo mundo estava afastado, em distanciamento social, e não tinha uma forte procura [por emprego]. O mercado de trabalho estava em ritmo de espera para ver como as coisas iam se desenrolar. As empresas estavam fechadas e não tinha local onde essas pessoas pudessem trabalhar. Então, à medida que o distanciamento social vai sendo afrouxado, elas vão retornando ao mercado de trabalho em busca de atividades”, apontou a gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
Segundo a pesquisadora, o aumento do desemprego pode estar diretamente relacionado com o avanço da flexibilização do isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus. A pesquisa mostrou que “o número de pessoas que ficaram rigorosamente isoladas diminuiu pela segunda semana seguida”.
De acordo com o levantamento, na quarta semana de agosto, somava 38,9 milhões o número de pessoas em isolamento social rígido, o que representa uma queda de 6,5% em relação à semana anterior, quando esse contingente era de 41,6 milhões.
Já a parcela da população que ficou em casa e só saiu por necessidade permaneceu estável. São 88,6 milhões de pessoas nessa situação, representando 41,9% da população do País. Também houve estabilidade no contingente dos brasileiros que não estavam em isolamento social, chegando a 5 milhões de pessoas, assim como permaneceu estável o contingente de 77 milhões de brasileiros que reduziram o contato social, mas continuaram saindo de casa ou recebendo visitas.