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Brasil Dilma rebate delatores: Terão de fazer mais do que apontar o dedo

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A petista afirma não ter tido qualquer tipo de conversa com representantes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez. (Foto: Roberto Parizotti/ CUT)

A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) avalia como “absolutamente fantasiosa” a versão de Emílio Odebrecht, patriarca do grupo Odebrecht, e de Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, de que a petista seria a cabeça de um esquema de fraudes envolvendo obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. “Em toda a sua vida pública, jamais houve o envolvimento de Dilma Rousseff em qualquer ilícito ou malfeito. A verdade será reparada na Justiça”, diz, em nota divulgada nesse sábado, a assessoria da petista. Belo Monte foi alvo da 49ª fase da Operação Lava-Jato, realizada na sexta-feira.

Segundo Odebrecht, o governo obteve informações confidenciais de preços a partir de estatais como a Eletrobras e Eletronorte e entregou os dados sigilosos para um grupo concorrente, “o que caracterizou claro direcionamento do resultado do leilão por parte do governo, liderado pela então ministra Dilma Rousseff”.

“Os dois delatores mentem, como tem sido a praxe desde que ambos passaram a ser investigados. Mentem na tentativa de reduzir suas responsabilidades no envolvimento dos crimes praticados contra a administração pública”, afirma a nota.

A petista afirma não ter tido qualquer tipo de conversa com representantes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez enquanto era ministra-chefe da Casa Civil no governo de Luiz Inácio Lula da Silva para tratar de fraude em concorrência pública.

“Os delatores terão de fazer mais do que ‘apontar o dedo’ para Dilma Rousseff. Ambos terão de mostrar as provas do envolvimento direto dela em quaisquer irregularidades em disputas, concorrências ou licitações públicas. É um despautério que não tem qualquer amparo na realidade. A mentira será desmascarada”, diz a equipe de Dilma.

O ex-ministro Antonio Palocci (ex-PT) seria o “porta-voz do governo” para direcionar pedidos de propina às empreiteiras do consórcio Norte Energia durante a construção da usina, segundo a força-tarefa da Lava-Jato.

Indícios de que o consórcio de empreiteiras que venceu a leilão para construir Belo Monte foi favorecido por agentes do governo federal são investigados pela operação. O leilão ocorreu em 2010, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O governo federal, ao convidar empresas para participar do empreendimento, solicitou, por intermédio de Antonio Palocci, propina para o PT e para o MDB”, disse o procurador Athayde Ribeiro Costa durante entrevista coletiva na sexta-feira.

Segundo o Ministério Público Federal, foram identificados o pagamento de 135 milhões de reais em propinas, sendo 60 milhões de reais para cada um dos partidos e outros 15 milhões de reais para o ex-ministro da Fazenda e ex-deputado federal Antônio Delfim Netto. “A investigação apurou que os valores giram em torno deste número para os partidos [60 milhões de reais para cada um]. O valor da propina seria de 1% do contrato, sendo que 45% disso ia para o PT, 45% para o PMDB, atualmente MDB, e 10% para o ex-ministro Delfim Netto”, afirmou Athayde.

Delfim Netto, 89, foi o principal alvo da 49ª fase da Lava-Jato deflagrada nesta sexta. Batizada de “Buona Fortuna”, a etapa mira em pagamento de propina a agentes públicos e políticos pelo consórcio de empreiteiras envolvido na construção de Belo Monte, considerada a terceira maior hidrelétrica do mundo.

Do total de 15 milhões de reais que seriam destinados a Delfim Netto, a investigação já rastreou 4 milhões de reais pagos pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli, todas integrantes do Consórcio Construtor de Belo Monte, em favor de pessoas jurídicas relacionadas a Delfim Netto, por meio de contratos fictícios de consultoria.

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https://www.osul.com.br/dilma-disse-que-os-empreiteiros-mentiram-em-suas-acusacoes-sobre-belo-monte/ Dilma rebate delatores: Terão de fazer mais do que apontar o dedo 2018-03-10
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