Armando Burd Dinheiro que vai pelo ralo
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Levantamento recente mostrou que 1 trilhão e 600 bilhões de reais deixaram de ser recolhidos ao Tesouro Nacional. Somam-se 1 trilhão e 400 bilhões devidos a Estados e municípios. Desses 3 trilhões, dizem técnicos em Brasília, só 500 bilhões são recuperáveis. Consideram o resto como crédito podre.
Em um País com 63 tributos, a sonegação torna-se mais fácil. Nos Estados Unidos, por exemplo, existe apenas um imposto sobre consumo, tornando a sonegação quase impossível.
NÃO DEU
Durante discurso em Joinville, a 13 de setembro de 2010, o presidente Lula disse que “precisamos extirpar o DEM da política brasileira”. Não faltaram tentativas. A eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara dos Deputados mostra que o partido está vivo.
RUIU
O Centrão, formado por 232 deputados federais de 12 partidos, era tido como imbatível na Câmara e tropa de apoio a Eduardo Cunha. Bastou trocar o vento e veio abaixo.
O episódio lembra o que disse o diplomata San Thiago Dantas: “Nada está mais próximo da ingenuidade do que a malícia levada ao extremo.”
SEM ARRISCAR
O Comitê de Política Monetária se reunirá terça-feira para tratar de juros. Será a primeira presidida por Ilan Goldfajn, manda-chuva do Banco Central. A tendência é de que mantenham a taxa Selic em 14,25 por cento ao ano.
PASSAM POR CIMA
O parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal é mais um na lista dos não cumpridos. Estabelece: “A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.”
Paga-se sem saber o que e para quê.
EXCESSO
Os 28 partidos na Câmara dos Deputados revelam a voracidade e mantêm aberto o balcão de negociações. Não há espectro ideológico para abrir a todos. Aí está uma das justificativas para as pesquisas apontarem reprovação de 75 por cento da casa legislativa.
CANETA PESADA
A 16 de julho de 1966, o presidente Castelo Branco assinou o Ato Complementar número 15, anulando todas as nomeações de funcionários feitas por chefes de executivos municipais e estaduais, a partir de 27 de outubro de 1965.
RÁPIDAS
* Vontade política é a expressão usada por quem está na oposição. Vira espécie de varinha mágica. Quando chega ao poder…
* A sucessão presidencial está nas mãos do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Se conseguir baixar os juros e impulsionar a Economia, concorrerá em 2018.
* Surge o movimento separatista Sampadeus”, que significa São Paulo dá adeus ao Brasil.
* O deputado federal Onyx Lorenzoni será o relator da Comissão Especial da Câmara que vai estabelecer medidas de combate à corrupção.
* O Movimento Vem Pra Rua prepara manifestação nacional para o dia 31 em várias capitais do País, a favor do impeachment.
* Vai chegando ao final a temporada do famoso jeitinho com terno, gravata e pastinha debaixo do braço.
* Uma das diferenças: Michel Temer não dá socos, mas tapas na mesa.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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