Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de agosto de 2019
O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Magnus Osório Galvão, afirmou, após reunião com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, em Brasília, que está deixando o cargo. A notícia vem após Galvão comentar os dados de desmatamento da Amazônia, considerados sensacionalistas pelo governo.
Galvão afirmou que sua fala, rebatendo críticas de Bolsonaro, gerou constrangimento no governo por isso sua exoneração. Ele lembrou ainda que tinha um mandato de quatro anos porém o regimento prevê que o ministro pode substituí-lo “em uma situação de perda de confiança”. O diretor completou dizendo que concorda com a decisão.
Novo sistema para monitorar o desmatamento na Amazônia
O governo federal vai mudar os sistemas de medição usados para avaliar o desmatamento no país. Durante reunião no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (1º), com a presença do chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os dados apresentados anteriormente, relativos ao desmatamento de junho, não eram reais.
Após declaração de Bolsonaro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) afirmou, em seu site, que desde 2004 adota a política de transparência de dados, que permite que qualquer pessoa acesse as informações do monitoramento por meio do site do instituto.
De acordo com o ministro do Meio Ambiente, o novo sistema será adotado para melhorar a fiscalização na Amazônia e também para que a população que ali mora possa utilizar a floresta respeitando seus limites. Para Ricardo Salles, é preciso levar em conta também a questão sócio-econômica da região. Ele disse ainda que não é possível estimar no momento a área desmatada em função das inconsistências, tais como a superposição de dados.
A contratação do novo sistema de imagens de alta resolução será feita pelo Ibama.